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démodé?
Empresa rejuvenesce velho cartão com internet
À MODA ANTIGA Cliente faz postal pelo site, e empresa manda pelo correio
DA REDAÇÃO
Considerados anacrônicos
por muitos de alguns anos para
cá, os cartões-postais ganharam a concorrência de fotologs,
e-mails, messengers, Orkut e,
principalmente, da máquina
fotográfica digital, cúmplice
desse bando virtual todo.
O recém-criado PostalWeb
(www.postalweb.com.br)
concilia a digital, a internet e os
cartões-postais para tentar desempanar o anacronismo. O
cliente entra no site, puxa sua
foto de viagem, escreve algo para ir no verso, preenche o endereço do destinatário e paga. As
sempre apaixonadas personagens da escritora inglesa Jane
Austen (1775-1817), autora de
"Orgulho e Preconceito", seriam clientes assíduas, houvesse essa facilidade na época.
A empresa pega a foto e o
texto e os imprime em papel
250 g. O postal é enviado por
correio. Pode-se fazer um teste
de graça. Este repórter fez, e o
postal chegou dois dias depois.
"A intenção é resgatar a humanidade do [ato de enviar o]
cartão postal, que as pessoas de
menos de 15 anos nem conhecem", afirma Joaquim Carvalho Dias, um dos sócios.
Não se sabe se a idéia ateará
por aí. Mas é mais pessoal e segura que virulentos cartões
animados via e-mail. O serviço
custa R$ 2,99 para endereços
do Brasil e R$ 3,99, do resto do
globo. Há três meses ativo, soma mais de 2.000 clientes.
Também é possível enviar
postais com fotos do site, organizadas por temas, ou convites.
Vendê-los para empresas é outro objetivo do negócio.
Pelourinho
Já a Brascard, uma das empresas que produz o modelo
encontrado nas bancas, estapeia-se com a máquina digital
de outra maneira: investe em
destinos turísticos consagrados. Estabeleceu filial em Porto
Seguro há três anos.
Hoje tem, no Norte e Nordeste, a sua clientela. Ou pelo menos a paisagem da clientela, dada a quantidade de cartões vendidos para gringos. Pelourinho
e elevador Lacerda, cenários
clássicos de Salvador, vendem
que nem acarajé.
(THIAGO MOMM)
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