São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

démodé?

Empresa rejuvenesce velho cartão com internet

À MODA ANTIGA Cliente faz postal pelo site, e empresa manda pelo correio

DA REDAÇÃO

Considerados anacrônicos por muitos de alguns anos para cá, os cartões-postais ganharam a concorrência de fotologs, e-mails, messengers, Orkut e, principalmente, da máquina fotográfica digital, cúmplice desse bando virtual todo.
O recém-criado PostalWeb (www.postalweb.com.br) concilia a digital, a internet e os cartões-postais para tentar desempanar o anacronismo. O cliente entra no site, puxa sua foto de viagem, escreve algo para ir no verso, preenche o endereço do destinatário e paga. As sempre apaixonadas personagens da escritora inglesa Jane Austen (1775-1817), autora de "Orgulho e Preconceito", seriam clientes assíduas, houvesse essa facilidade na época.
A empresa pega a foto e o texto e os imprime em papel 250 g. O postal é enviado por correio. Pode-se fazer um teste de graça. Este repórter fez, e o postal chegou dois dias depois.
"A intenção é resgatar a humanidade do [ato de enviar o] cartão postal, que as pessoas de menos de 15 anos nem conhecem", afirma Joaquim Carvalho Dias, um dos sócios.
Não se sabe se a idéia ateará por aí. Mas é mais pessoal e segura que virulentos cartões animados via e-mail. O serviço custa R$ 2,99 para endereços do Brasil e R$ 3,99, do resto do globo. Há três meses ativo, soma mais de 2.000 clientes.
Também é possível enviar postais com fotos do site, organizadas por temas, ou convites. Vendê-los para empresas é outro objetivo do negócio.

Pelourinho
Já a Brascard, uma das empresas que produz o modelo encontrado nas bancas, estapeia-se com a máquina digital de outra maneira: investe em destinos turísticos consagrados. Estabeleceu filial em Porto Seguro há três anos.
Hoje tem, no Norte e Nordeste, a sua clientela. Ou pelo menos a paisagem da clientela, dada a quantidade de cartões vendidos para gringos. Pelourinho e elevador Lacerda, cenários clássicos de Salvador, vendem que nem acarajé. (THIAGO MOMM)


Texto Anterior: Démodé?: Postal destila saudade e completa álbum
Próximo Texto: Démodé?: Envio de cartões-postais não é contabilizado pelos Correios
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.