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Observatório capta um céu único
DA ENVIADA ESPECIAL
Do topo do vulcão Mauna Kea,
o ponto culminante do arquipélago havaiano, os mais precisos telescópios do mundo permitem
observar o céu como em nenhum
outro lugar do planeta. Isolado no
Pacífico, privilegiado pelo céu
sem poluição, o observatório WM
Keck, com suas lentes instaladas a
4.205 m, atrai a atenção de astrônomos do mundo todo.
Mas todo final de tarde o cenário ganha novas cores. Então, dezenas de pessoas pegam a estrada
íngreme que parte do centro da
ilha e, em menos de uma hora,
atingem o alto da montanha.
Nessa operação arriscada, chega-se a uma altitude semelhante à
do Himalaia em um espaço de
tempo tão curto que não permite
qualquer aclimatação. Mas o espetáculo do pôr-do-sol bem acima das nuvens, refletindo suas luzes nas paredes brancas dos gigantescos telescópios, vale a aventura e a eventual dor de cabeça.
Assim que escurece, a ciência
volta a reinar, e tudo entra em
movimento. Os telescópios giram, abrem-se e começam a
apontar seus espelhos para o céu.
A partir dessa hora, os carros ficam proibidos de ligar os faróis, e
a descida deve ser feita no escuro,
para não atrapalhar a observação.
Toda a iluminação da ilha é feita
com lâmpadas de sódio, de cor
alaranjada.
Na volta, até o mais amador dos
astrônomos pode ver estrelas e
planetas nos telescópios montados no estacionamento do centro
de visitantes Onizuka.
Além de um chocolate quente
para quebrar o frio de uma temperatura abaixo de zero, o centro
tem computadores que simulam
a operação dos telescópios Keck e
reúnem informação sobre astronomia. O nome do centro homenageia o único astronauta havaiano, morto na explosão da nave
Challenger, em 1986.
(ALB)
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