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São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 2003

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Observatório capta um céu único

DA ENVIADA ESPECIAL

Do topo do vulcão Mauna Kea, o ponto culminante do arquipélago havaiano, os mais precisos telescópios do mundo permitem observar o céu como em nenhum outro lugar do planeta. Isolado no Pacífico, privilegiado pelo céu sem poluição, o observatório WM Keck, com suas lentes instaladas a 4.205 m, atrai a atenção de astrônomos do mundo todo.
Mas todo final de tarde o cenário ganha novas cores. Então, dezenas de pessoas pegam a estrada íngreme que parte do centro da ilha e, em menos de uma hora, atingem o alto da montanha.
Nessa operação arriscada, chega-se a uma altitude semelhante à do Himalaia em um espaço de tempo tão curto que não permite qualquer aclimatação. Mas o espetáculo do pôr-do-sol bem acima das nuvens, refletindo suas luzes nas paredes brancas dos gigantescos telescópios, vale a aventura e a eventual dor de cabeça.
Assim que escurece, a ciência volta a reinar, e tudo entra em movimento. Os telescópios giram, abrem-se e começam a apontar seus espelhos para o céu. A partir dessa hora, os carros ficam proibidos de ligar os faróis, e a descida deve ser feita no escuro, para não atrapalhar a observação. Toda a iluminação da ilha é feita com lâmpadas de sódio, de cor alaranjada.
Na volta, até o mais amador dos astrônomos pode ver estrelas e planetas nos telescópios montados no estacionamento do centro de visitantes Onizuka.
Além de um chocolate quente para quebrar o frio de uma temperatura abaixo de zero, o centro tem computadores que simulam a operação dos telescópios Keck e reúnem informação sobre astronomia. O nome do centro homenageia o único astronauta havaiano, morto na explosão da nave Challenger, em 1986. (ALB)


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