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Festas pagas dão tom pagão ao evento religioso
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na década de 70, os trios
elétricos começaram a participar da festa do Bonfim.
Saíam após o cortejo e não
subiam a colina da igreja.
Com isso ocorria um esvaziamento do cortejo religioso. Em 1998, os trios foram
proibidos de participar da
lavagem, por descaracterizar
a tradição religiosa.
Então nasceu o Farol Folia,
festa que acontecia no circuito Barra-Ondina, na orla
marítima de Salvador, para
agradar aos foliões que faziam -e ainda fazem- da
Lavagem do Bonfim uma
prévia do Carnaval e, principalmente, aos donos de blocos, que não queriam perder
o faturamento com a venda
de abadás para o evento.
Mas desde o ano passado o
Farol Folia foi transferido e
agora acontece no trecho
que fica entre o Jardim de
Alah e a Boca do Rio, também na orla. O Farol Folia
deste ano acontece no próximo sábado, dia 18 de janeiro.
Mas há outras alternativas,
no próprio dia da festa, para
quem está mais interessado
no lado profano do evento.
No mesmo ano de 1998, foi
criado o Bonfim Light, festa
paga realizada na Bahia Marina, na avenida Contorno,
que começa à tarde, após a
passagem do cortejo, e segue
noite adentro, com shows de
bandas de axé a pagode.
Neste ano, um outro espaço privado da Cidade Baixa
está organizando uma festa
nos moldes do Bonfim Light
para atrair o público jovem.
Trata-se do Axé Bonfim, que
começa ao meio-dia no Píer
Bahia, também na avenida.
O evento terá como atrações Ivete Sangalo, Timbalada e a Banda Eva. As duas
festas acontecem no mesmo
dia da lavagem e são uma
boa opção para quem tem
pique e quer curtir os dois lados da festa.
(PV)
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