São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Dono de empório árabe cria o "coxibe" Em São Paulo, Hassan Arabi, comerciante sírio, lança um bolinho que une a Síria e o Brasil em um só salgado Rotisseria especializada em produtos árabes é famosa por sua coxinha, feita com seis tipos diferentes de farinha RAFAEL MOSNA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O sírio Hassan Arabi, 56, está no Brasil há 25 anos. Ele é dono do Schehrasade, empório especializado em produtos árabes importados e de fabricação artesanal própria, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. "No Schehrasade, sempre trabalhei 100% com comida árabe. Exceto uma coisa: a coxinha", conta Hassan. Brasileiríssima, a coxinha -crocante e sequinha- sempre dividiu a atenção com os pratos sírios preparados conforme as instruções de sua mulher, Hanan Qabach, que logo aos 11 anos de idade começou a cozinhar para suas 11 irmãs lá na Síria. A receita tradicional da coxinha foi aprimorada em sua cozinha. "Ela leva seis tipos de farinha, três na massa e três para empanar. Uma delas é para não deixar o óleo entrar. Nossa coxinha pegou fama por sermos uma casa árabe que faz uma das melhores coxinhas da cidade." Mas Hassan aposta em uma nova ideia. "Sabe o que é isso aqui? Coxibe. Coxinha com quibe. Vou fazer um lançamento. Meio coxinha, meio quibe. Hoje vamos fritar e ver como fica", diz enquanto mostra, no andar superior de seu estabelecimento, a bandeja encomendada que acabava de receber. A presença das culturas brasileira e síria na comida já fez parte da vida da família Arabi em 1997. Um restaurante na rua do Oriente, no Brás, trazia diariamente um bufê "metade árabe, metade brasileiro". "Não gostei da experiência. Aqui hoje você compra e leva. Temos espaço para construir um restaurante, mas não quero", afirma ele, com veemência. "JESUS É MEU PATRÍCIO" Mesmo com a coxinha entre a campeã de vendas, a maioria dos clientes do Schehrasade é feita de árabes e seus descendentes. "E muitos judeus compram aqui também, residentes no bairro. Uma vez um estudante da FAAP me perguntou sobre o fato de atender judeus. Isso não tem nada a ver. Jesus Cristo e Moisés são primos. Somos todos descendentes de Abraão. Jesus Cristo é meu patrício." Texto Anterior: Vá até Maaloula ouvir a língua de Jesus Próximo Texto: Sírio de 87 anos chegou ao Brasil em 1947 Índice | Comunicar Erros

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