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REINO 'THAI'
Barco navega por rios e canais que ilustram a vida real
Ao longo do percurso pelos arredores da capital, viajante conhece a rapadura de açúcar da flor do coco
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
NA TAILÂNDIA
Ao fazer um passeio de barco
pelos canais de Províncias próximas a Bancoc, penetra-se um
pouco no que o país tem de
mais original, não necessariamente maquiado para o deleite
turístico. Tanto que as casas
penduradas em palafitas sobre
água muitas vezes têm aspecto
anti-higiênico. Principalmente
porque os canais são mais turvos do que cristalinos.
Os navegantes encontram no
caminho vendas com letreiros
incompreensíveis aos ocidentais, crianças que fazem poses
para fotos, senhores barrigudos
que acenam para os passageiros, monges navegando com
seus trajes característicos, sem
falar do próprio condutor do
barco, com seu típico chapéu de
abas largas.
Adentrando mais ainda nesses canais, no remoto povoado
Ta Kha, moradores produzem
açúcar a partir da flor do coco.
É o caso da família Thamsawa.
A flor do coqueiro é cortada
duas vezes ao dia, e o mel existente lá dentro fica pingando
numa caixa. Cada flor é cortada
mais de 20 vezes. Depois esse
caldo é fervido e, após esfriado,
se transforma em rapadura,
vendida a 25 bahts (R$ 1,45), o
quilo, na casa da própria família. É uma rapadura meio bege,
bem mais clara que aquela produzida com cana-de-açúcar -e
com um sabor mais leve.
E também nessa casa que o
rei da Tailândia dá o ar da graça.
Sua foto orna a parede próxima
às panelas. E a simples residência da família, toda de madeira,
com apenas dois cômodos,
também tem seu obrigatório altarzinho em homenagem a Buda. Bem se vê que se trata de
uma morada tailandesa.
Templos à beira dos canais
Os infindáveis templos budistas perseguem também
quem está de barco pela Tailândia. Quem entra no templo
Chula Manee não tem dúvidas
de que aqueles monges sentados no altar são de carne e osso.
Só depois de chegar muito perto é que percebe que se trata de
cópias de cera tão ou mais fiéis
que as estátuas do museu londrino Madame Tussaud. Então
se sente até mais à vontade para examinar o rico altar dourado, suas belas imagens de Buda
e seus lustres.
O templo Chula Manee pode
ser uma das paradas dos passeios de barco que passam pela
pequena Província de Samut
Songkhram -mas também é
alcançável por terra.
Outra parada é o templo
Bang Kung (www.watbang
kung.com), cujo chiqueiro de
porcos dá ao visitante a impressão de estar numa fazenda.
O complexo tem uma gruta
rústica, dois templos modernos e uma fileira de estátuas
brancas de guerreiros, que homenageiam os combatentes da
guerra entre Birmânia e Ayuthaya, a capital do então reino
de Siam (que englobava Tailândia, Laos, Camboja e uma pequena parte de Mianmar), na
década de 1760, pois ali na época houve um campo militar.
(MARISTELA DO VALLE)
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