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161 KM DE SP
Santo Antônio do Pinhal, imune à inundação de turistas, se coloca como alternativa na serra da Mantiqueira
Vizinha rivaliza com Campos do Jordão
ANA PAULA DE OLIVEIRA
ENVIADA ESPECIAL A SANTO ANTÔNIO DO PINHAL (SP)
No inverno, é o retiro dos paulistas. A gastronomia e a hotelaria,
de ótimo padrão, agradam turistas. Não, não é Campos do Jordão, mas uma de suas vizinhas,
Santo Antônio do Pinhal (161 km
a nordeste de São Paulo), tida hoje
como um refúgio aos que já se
cansaram do fervor e da badalação de Campos.
A cerca de 15 km da vizinha famosa, Santo Antônio deixa de ser
apenas cidade-dormitório para
virar a atração principal para
quem procurava em Campos a
calma e pacata Suíça brasileira.
O lazer e a infra-estrutura no
município de aproximadamente
8.000 habitantes não deixam a desejar. Não é mais necessário dar
um pulo em Campos para tornar
o final de semana completo, como há alguns anos se fazia.
Santo Antônio tem tudo e ainda
permanece uma cidade inatingida pelo modismo comercial que
todo inverno sobe a serra e leva filiais do comércio paulistano.
Isso porque quem hoje vai a
Campos em julho tem de enfrentar um trânsito que está em pé de
igualdade com o da metrópole
paulista, sem contar a superlotação dos hotéis e os altos preços do
comércio. Em Santo Antônio, que
se resume a uma rua principal,
reina a tranqüilidade e é possível
encontrar boa oferta de artesanato local e gastronomia nativa.
Exemplo disso é o restaurante
Picanha e Pasta. Uma picanha
-chamada de Birro Birro- sai
por R$ 20. Outra boa pedida é a
casquinha de truta (R$ 8), melhor
ainda na versão grelhada com
amêndoas (R$ 19). São delícias
com toques serranos.
Dupla de dias
A aposta da cidade está nos roteiros curtos, elaborados para
quem quer fugir de São Paulo,
mas tem apenas um final de semana para se dar a esse luxo.
E dois dias são de fato suficientes para conhecer as atrações
principais e ainda praticar pelo
menos uma aventura (veja abaixo
dicas de atividades radicais e de
ecoturismo).
Um dos roteiros relâmpagos é o
que percorre as fontes tidas como
medicinais. A Santo Antônio, por
exemplo, tem, segundo os guias,
água fracamente radioativa, muito pura e de agradável sabor. Só
que o local está um pouco abandonado e sujo. Assim, poucos se
arriscam a beber a água da fonte.
No entanto, há outras em melhor estado de conservação. A
Santo Estevão é classificada como
pura e ferruginosa. Já a água que
jorra da São Geraldo é tida como
pura, leve e magnesiana.
Outra atração é a paróquia de
Santo Antônio do Pinhal, fundada em 1836, quando o local ainda
era uma vilarejo no qual mineradores que vinham de Minas Gerais paravam para descansar durante seu percurso. O povoado seria oficialmente fundado em 1860,
mas somente cem anos depois
conseguiria a emancipação política, tornando-se assim município.
As cachoeiras são outro capítulo à parte. A do Lageado é a mais
visitada por turistas -se você
não gosta de lugares freqüentados
por muitas pessoas, fuja, pois é
possível encontrar uma turma fazendo churrasco ali quase todos
os finais de semana.
Neste caso, opte pela cachoeira
do Cassununga, bem afastada do
centro (cerca de 15 km). É mais
tranqüila, e a paisagem costuma
ser citada como cenário ideal para
um passeio romântico.
Para finalizar, vale a pena separar um tempinho para ir às compras. O lugar para isso é a estrada
de ferro Campos do Jordão - Santo Antônio do Pinhal, um dos
pontos mais assediados pelos visitantes. O desafio ali é conseguir
tirar uma foto dos bondinhos ou
da arquitetura da estação sem
ninguém ao fundo.
Telefones úteis - Prefeitura: tel. 0/ xx/
12/266-1112; Posto médico: tel. 0/xx/
12/266-1119; Polícia Militar: tel. 190
Ana Paula de Oliveira se hospedou a convite da Pousada do Cedro.
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