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VIAS AMAZÔNICAS
Navegação no Tupana é viagem pelo tempo
Menor que o Amazonas, o Negro e o Tapajós, rio concentra animais e paisagens cênicas em suas margens
NA AMAZÔNIA
Localizado ao sul de Manaus,
o rio Tupana não tem o mesmo
gigantismo do rios Tapajós, Negro e Amazonas. Quando suas
águas estão baixas, não é possível atalhar, como dizem os moradores da região, pelos igapós.
Assim, navegar pelo rio Tupana
é percorrer suas incontáveis
curvas cênicas.
O passeio pelo rio, que nesta
época do ano tem águas verde-oliva, parece uma viagem pelo
tempo; raramente se vê uma intervenção humana. Por outro
lado, na época em que as águas
do Tupana estão baixas, os animais também vão para o meio
da floresta, atrás de comida.
Mas, mesmo assim, em cinco
dias percorrendo o local, a reportagem viu lontras, tucanos,
e iraras -animal parecido com
o gambá-, além de gaviões e
pássaros de pequeno porte.
Nas margens, ficam diversas
árvores de galhos retorcidos
-durante boa parte do dia, as
esculturas naturais são refletidas perfeitamente nas águas.
As casas dos moradores do
Tupana são afastadas umas das
outras. Muitos ali vivem de
plantações de abacaxi, banana e
mandioca, além da caça e da
pesca. Em toda a Amazônia,
surpreende ouvir gente louvando o sabor da carne de bichos
como tartaruga ou preguiça.
Outra certeza é a presença
dos peixes-corredores. Pequeninos, eles disparam três ou
quatro metros sobre as águas.
E, à noite, durante a focagem de
jacarés, chegam a cair dentro
da canoa.
A focagem de jacarés, a busca
por um par de olhinhos vermelhos, é uma atividade feita à
noite -a única luz artificial é
das lanternas. Mas o céu extremamente estrelado e a lua não
permitem que as pessoas fiquem na escuridão total quando as luzes são desligadas.
(GVB)
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