São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Metrópole mutante tem vacas sagradas e lendas urbanas Democrata em política, Chicago é conservadora na economia; Obama já falou a 200 mil no parque Grant Morador pioneiro foi um comerciante negro, fundador, em 1779, de um entreposto de peles na foz do rio Chicago DO ENVIADO A CHICAGO Chicago tem suas vacas sagradas: o time de basquete Chicago Bull's (www.nba.com/bulls); o Chicago Soul, vertente da soul music surgida nos anos 1960; a própria história da vaca da senhora O'Leary; os leões do escultor Edward Kemeys, diante do Instituto de Arte (1873); prefeitos e políticos do partido Democrata e economistas conservadores da chamada escola de Chicago. Barack Obama já foi um dos ícones locais e, recém-eleito, em 4 de novembro de 2008, o primeiro presidente negro dos EUA, falou para 200 mil pessoas no parque Grant, famoso pelos seus concertos musicais (www.grantmusicfestival.com). Nascido no Havaí, Obama iniciou sua carreira política em Chicago, onde vivia numa casa de estilo georgiano próxima ao parque Hyde, à Universidade de Chicago, ao museu da Ciência e Indústria (www.msichicago.org) e à Robie House (www.wrightplus.org), obra de Frank Lloyd Wright (1857-1969). MITOS ORIGINÁRIOS O morador pioneiro foi um comerciante negro, o afro-caribenho Jean Baptiste Pointe du Sable, fundador, em 1779, do entreposto de peles na foz do rio Chicago. Os primeiros europeus por lá foram dois franceses: o explorador Louis Joillet e o missionário Lacques Piquette, a caminho do Canadá. Já a primeira edificação oficial foi o forte Dearborn, construído em 1803 e destruído pelos índios, em 1812. Estratégico, o forte ocupou a área pantanosa entre o rio e o lago Michigan, mas dele só restam placas nas calçadas. Refeito em 1816, foi removido em 1820, quando índios não eram mais ameaça. Mas a derradeira vaca sagrada de Chicago é verdadeiramente um mito, a vaca da senhora O'Leary. Ao semovente se credita a derrubada do lampião que deu início ao Grande Incêndio, em 1871. Há quem tenha a história por invencionice, mas é fato que, há 140 anos, na madrugada entre 8 e 9 de outubro, a cidade ardeu em chamas por 36 horas. (SILVIO CIOFFI) Texto Anterior: Vá a Chicago Próximo Texto: Encruzilhada entre o rio e o lago serve de ponto de partida Índice | Comunicar Erros

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