São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2011 |
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Encruzilhada entre o rio e o lago serve de ponto de partida Prédios no entorno da ponte Du Sable marcam divisão da avenida Michigan; ao norte, fica a Magnificent Mile Mies van der Rohe foi referência, mas nem o alemão, fundador da Bauhaus, alcançou unanimidade na cidade DO ENVIADO A CHICAGO "Less is more" -ou menos é mais-, dizia o arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, um dos fundadores da escola berlinense de arquitetura moderna Bauhaus. Perseguido pelos nazistas, ele acabou radicado em Chicago no início da Segunda Guerra (1939-1945). Mies van der Rohe tinha horror aos prédios com curvas desnecessárias. Funcionalista, projetou prédios austeros de metal, como o Federal Building e o prédio do Correio (tclf.org/landscapes/federal-plaza), na rua Dearborn, entre a Adams e a Jackson (região central). Perto, numa área antiga de comércio e escritórios, fica o barulhento trem elevado Loop, que roda desde 1897. Mies, como era chamado nos EUA, morreu em 1969 sem ver, na praça diante do conjunto, a inauguração, em 1974, da escultura metálica "Flamingo", do norte-americano Alexander Calder. Com sua cor vermelha, 16 metros de altura e alternando linhas curvas e pontiagudas, a obra nada tem de discreta. O alemão deu rumo à moderna arquitetura, mas não foi unanimidade. No início dos 1980, Chicago entronizou arquitetos mais festivos, filiados ao estilo pós-moderno -de gosto duvidoso. E a máxima de Mies van der Rohe foi satirizada: "Less is a bore" -ou menos é aborrecido-, diziam os detratores. MIRÍADE DE ESTILOS A metrópole que já cultuou torres monumentais de formas surpreendentes e arrojadas, caso da torre Willis, originalmente Sears Towers (1974), hoje valoriza predinhos à beira do rio, sustentáveis, e parques interativos. Projeto de Skydmore, Owings & Merril, a torre Willis (www.willistower.com), de 110 andares e 443 m, foi o prédio mais alto do mundo e hoje é o maior das Américas. Segundo prédio em altura, o novo edifício Trump Tower (www.trumpchicago.com), gigante azulado de 415 m e 96 andares, é o arranha-céu que os "chicagoans" (moradores da metrópole) adoram odiar, pois Donald Trump é um figurão da rival Nova York. Fica na encruzilhada urbana entre o rio Chicago e o lago Michigan, próxima do jornal "Chicago Tribune" (chicagotribune.com) e do Wrigley Building (thewrigleybuilding.com). Ambas são torres emblemáticas no entorno da ponte Du Sable, que divide as regiões da avenida Michigan em face norte e sul. Ao norte, tem início a área de comércio Magnificent Mile, a mais chique de Chicago. Ali, vale subir no mirante da torre John Hancock (johnhancockcenterchicago.com), que fica no 94° andar. PONTO DE PARTIDA Estando no entorno da ponte Du Sable, admire as torres Trump, Chicago e Wrigley, de estilos diversos, e encontre coerências entre elas. Neogótico, o projeto da sede do jornal "Chicago Tribune", que circula desde 1827, venceu um concurso internacional, em 1925; já o edifício Wrigley (thewrigleybuilding.com), comissionado em 1918 pelo "rei do chiclete" e aberto entre 1921 e 1924, tem torre inspirada na Giralda, de Sevilha (Espanha). Contemporânea às torres, a ponte, de 1921, passa por cima do Riverside Gardens, píer dos passeios da Chicago First Lady (cruisechicago.com), ligada ao Chicago Architecture Foundation. No final do passeio, o barco passa diante do Navy Pier (navypier.com), movimentado centro de recreação desde 1916. FOLHA.com Veja calendário de passeios em Chicago folha.com.br/tu942538 Texto Anterior: Metrópole mutante tem vacas sagradas e lendas urbanas Próximo Texto: Em Chicago, o mecenato financia arte e museus Índice | Comunicar Erros |
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