São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2007

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FRONTEIRA DA ÍNDIA

Reduto de mochileiros rodeia lago sagrado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA ÍNDIA

Antes uma serena cidade sagrada à beira do lago homônimo, Pushkar é hoje um ímã para mochileiros e hippies que se congregam em pequenos restaurantes e pousadas atraídos pelo haxixe abundante e pelos infames bhang lassis (espécie de vitamina de iogurte batido com bhang, uma mistura feita à base da planta de canábis).
Apesar do apelo comercial, a vila ainda é atraente e continua tão sagrada como sempre foi para os hindus, que lotam seus ghats, os degraus cerimoniais ao redor do lago, para se banharem nas águas sagradas.
Cânticos religiosos de vários dos 500 templos espalhados pela vila e pelos arredores servem de trilha sonora a qualquer hora do dia e da noite, criando uma atmosfera hipnótica.
Segundo a tradição hindu, o lago foi formado quando uma das pétalas da flor de lótus de Brahma caiu na Terra, no local onde ele posteriormente reuniu todos os 900 mil deuses do panteão hindu.
A feira do camelo, um dos principais e mais pitorescos eventos do extenso calendário indiano, coincide com as comemorações dessa congregação divina em massa.
Todo mês de novembro, no período de lua cheia, a cidade é inundada por peregrinos que aproveitam a data auspiciosa para buscar a total purificação de suas almas. Há comerciantes vendendo camelos, habitantes de diferentes tribos de todo o Rajastão e, inevitavelmente, milhares de turistas que se dispõem a pagar pequenas fortunas para hospedar-se na vila ou em tendas montadas pelo governo no período festivo.
(PEDRO CARRILHO)


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