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FRONTEIRA DA ÍNDIA
Reduto de mochileiros rodeia lago sagrado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA ÍNDIA
Antes uma serena cidade sagrada à beira do lago homônimo, Pushkar é hoje um ímã para mochileiros e hippies que se
congregam em pequenos restaurantes e pousadas atraídos
pelo haxixe abundante e pelos
infames bhang lassis (espécie
de vitamina de iogurte batido
com bhang, uma mistura feita à
base da planta de canábis).
Apesar do apelo comercial, a
vila ainda é atraente e continua
tão sagrada como sempre foi
para os hindus, que lotam seus
ghats, os degraus cerimoniais
ao redor do lago, para se banharem nas águas sagradas.
Cânticos religiosos de vários
dos 500 templos espalhados
pela vila e pelos arredores servem de trilha sonora a qualquer
hora do dia e da noite, criando
uma atmosfera hipnótica.
Segundo a tradição hindu, o
lago foi formado quando uma
das pétalas da flor de lótus de
Brahma caiu na Terra, no local
onde ele posteriormente reuniu todos os 900 mil deuses do
panteão hindu.
A feira do camelo, um dos
principais e mais pitorescos
eventos do extenso calendário
indiano, coincide com as comemorações dessa congregação
divina em massa.
Todo mês de novembro, no
período de lua cheia, a cidade é
inundada por peregrinos que
aproveitam a data auspiciosa
para buscar a total purificação
de suas almas. Há comerciantes vendendo camelos, habitantes de diferentes tribos de
todo o Rajastão e, inevitavelmente, milhares de turistas que
se dispõem a pagar pequenas
fortunas para hospedar-se na
vila ou em tendas montadas pelo governo no período festivo.
(PEDRO CARRILHO)
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