São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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Música clássica é trilha sonora em viagem aos bosques

Região serviu como refúgio para os compositores Johann Strauss 2º, Mozart, Beethoven e Schubert

Destruída várias vezes em conflitos com tribos alemãs, Baden, que foi dirigida pelos romanos, conservou 14 termas

DO ENVIADO A VIENA

Nos ônibus que levam turistas à região dos bosques de Viena, o som nos fones de ouvidos é música clássica. E não é por acaso. A área foi refúgio para os compositores Johann Strauss 2º (1825-1899), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), Ludwig van Beethoven (1770-1827) e Franz Schubert (1797-1828).
Estima-se que os bosques ocupem uma área três vezes maior que a de Viena (414 km²). É inevitável tentar adivinhar em qual trilha estava Strauss 2° quando compôs "Contos dos Bosques de Viena" ("Tales from the Vienna Woods"), uma de suas valsas.
A região dos bosques é dividida pelo rio Viena. No sul estão Mödling, Perchtoldsdorf, Helenental e Baden, com fontes de águas quentes.
Baden foi administrada pelos romanos, que lá se fixaram não somente atraídos pelos banhos, mas, sobretudo, para reforçar a defesa do império ao longo do rio Danúbio.
Destruída várias vezes durante conflitos de tribos alemãs contra os turcos, Baden nada conservou da arquitetura romana.
A cidade manteve 14 estações térmicas. As mesmas fontes de águas quentes (de 36°C) que eram procuradas com frequência no século 19 por Beethoven e Mozart continuam jorrando em edifícios, hoje casas de banho especializadas em tratamentos de artrites e reumatismos. Baden tem ainda duas piscinas públicas ao ar livre com água sulfurosa a cerca de 32°C.
Teria sido num verão nos bosques, em Helenental (vale de Helena), que Beethoven intuiu as primeiras ideias da sexta e da nona sinfonias.
Próximo à casa que teria sido usada por Beethoven, há uma outra que teria abrigado Albert Einstein (1879-1955) em verões décadas adiante.
Baden ainda foi recanto do último imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Francisco 1º (1768-1835). Atribui-se à sua presença constante a construção, pelo príncipe Johann 1º de Liechtenstein, de um castelo medieval nos arredores de Mödling em 1165, cujas ruínas continuam sendo atração. (FABIO MARRA)



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