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SOSSEGO COM HISTÓRIA
Peça em que atrizes manipulam bonecos, no Teatro Espaço, é um dos programas imperdíveis da cidade
Cresce oferta de passeios ligados à ecologia
DA REPORTAGEM LOCAL
Como toda cidade consolidada como destino turístico, Paraty também procura se inovar.
E um dos ramos que vem cada
vez mais chamando a atenção
na cidade é o ecoturismo.
Os passeios de escuna já são
consagrados, e todo turista deve fazê-lo (custam cerca de R$
40 por grupo na baixa temporada e R$ 60 na alta). Passear pelas ilhas paradisíacas de Paraty
é um programa que relaxa qualquer estressado. Há a opção de
mergulhar com snorkel onde
normalmente há arraias, ouriços e cardumes.
Para os mais
aventureiros, a sugestão é fazer
um mergulho com cilindro.
Mas a novidade em Paraty é o
arvorismo. Há cerca de um ano
e meio foi aberto um parque
com 95 plataformas de atividades de arvorismo e tirolesa. Só
desta última são 260 metros divididos em sete trechos -o
maior tem 35 metros e passa
por cima de um rio.
Em meio à mata atlântica, o
visitante pode escolher entre
quatro níveis de dificuldade.
Para todos há uma aula antes,
de cerca de 15 minutos.
O percurso vermelho é o
mais difícil do arvorismo e leva
cerca de uma hora e meia. Exige
coragem -há plataformas como a denominada "pulo do
Tarzan", em que é preciso se segurar em uma corda e se jogar,
pulando para a plataforma seguinte- e preparo físico.
O parque, com mais de dez
quilômetros de cabos de aço, foi
aberto pelo francês Patrick Alexis Emile. Ele resolveu inaugurar um centro de arvorismo
após se encantar por Paraty e
decidir morar na cidade com a
sua mulher e os dois filhos. "Paraty tem uma natureza riquíssima", diz. "Resolvi aproveitar isso e criar o parque."
Outro passeio interessante e
que proporciona contato direto
com a natureza é uma ida de
barco ao saco do Mamanguá,
um braço-de-mar de nove quilômetros que avança no continente -é o único fiorde do país.
A área é alvo de uma disputa
entre os moradores do local e
os donos de casas no condomínio das Laranjeiras, que abriram uma estrada clandestina
há oito anos e querem usar a região para turismo.
Só é possível chegar ao local
de barco ou por trilha. Saindo
de Paraty Mirim (a meia hora
do centro histórico de carro), o
barco leva cerca de uma hora
para alcançar o limite do fiorde.
A trilha, que sai da mesma
praia, leva duas horas. Indo pela Interação Ambiental, que
existe há menos de três anos,
pode-se fazer passeio de caiaque no manguezal e ver de perto caranguejos enormes, nas
cores vermelha e verde-limão.
Depois, o guia leva o grupo a
uma trilha que dá numa cachoeira com uma piscina natural. Para terminar, nada melhor
que um prato de arroz e feijão
com peixe, banana, farofa e salada, preparado pela mãe do
pescador Gilcimar Correa. Depois, é só arrumar um lugar no
barco para voltar descansando.
(LUISA ALCANTARA E SILVA)
ARVORISMO + TIROLESA
R$ 62, na Paraty Sport Aventura
www.paratysportaventura.com
BARCO + CAIAQUE + ALMOÇO
R$ 120, na Interação Ambiental
www.sacodomamangua.com
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