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NOS TRILHOS
Turista deve equalizar tempo e distâncias
Disponibilidade e destinos a ser visitados devem ser levados em conta para garantir passeio tranqüilo
MARIANA BARROS
NA EUROPA
O sacolejar constante vai embalando todos como se fosse
uma canção de ninar. Pelas janelas, passam plantações de girassóis, moinhos de vento, bicicletas em estradas de terra, vilarejos e balões.
A malha ferroviária européia
coloca o trem como um dos
meios de transporte mais confortáveis e práticos para quem
deseja conhecer o continente.
Um pequeno trecho e pronto, já
se está em outro país.
Dependendo do tipo de bilhete, o viajante ainda pode pegar quantos trens desejar no
período de um dia, possibilitando um roteiro do tipo pot-pourri, opção em que cabe um pouco
de tudo, com paisagens e passeios variados.
A viagem, no entanto, começa muito antes do apito da partida: é preciso planejá-la. Um
bom plano nada mais faz do
que combinar, conforme os interesses de cada viajante, tempo e espaço.
Trata-se de hierarquizar os
destinos e verificar as distâncias entre eles, para então conseguir distribuir, de maneira
mais ou menos organizada, o
número de dias pela quantidade de paradas desejadas.
É possível tanto fazer um roteiro frenético, com o maior
número de visitas no menor espaço de tempo, quanto estabelecer um cronograma mais folgado, com direito a passar uma
semana inteira em uma mesma
cidade. Mas, como suave é o caminho do meio, procure estabelecer um meio-termo.
Reserve de três a seis dias para cidades maiores e capitais;
cidades pequenas podem ser
conhecidas em dois ou três
dias. Lembre-se de que a conta
tem de englobar o tempo que se
leva de uma cidade a outra.
Procure também conhecer
os destinos de uma mesma região antes de ir para outra, para
economizar o vaivém. Outro fator determinante para traçar o
roteiro é escolher qual será seu
ponto de chegada na Europa e
quais os possíveis pontos de
partida para voltar ao Brasil.
Verifique quais os vôos que
mais lhe interessam e quais
companhias aéreas apresentam as melhores tarifas. Se for
voar por uma empresa européia, provavelmente terá de
descer na capital do país que ela
representa, o que já pode servir
de pretexto para passar alguns
dias por ali.
Grosso modo, quem voar pela AirFrance tem grandes chances de descer em Paris, para ficar ou para fazer a baldeação
que o levará a seu destino final.
O mesmo vale para os passageiros da Lufthansa, suscetíveis a
descer em Munique ou Frankfurt, os da Ibéria, que provavelmente descerão em Madri, e os
da Alitalia, fortes candidatos a
espichar as pernas em Milão.
Uma vez escolhido o local de
aterrissagem, trace a partir dele
uma rota unidirecional, para
facilitar o planejamento. É recomendável ficar um pouco a
mais no local de chegada para
zerar o cansaço do avião e se
acostumar com o fuso horário.
Reserve também um dia extra para ser gasto na última parada antes do regresso, o que
ajuda a desacelerar e a garantir
uma volta mais descansada.
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