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LOUISIANA, 200
Tour mostra animais e árvores de pântano
DO ENVIADO ESPECIAL À LOUISIANA
Há 15 anos explorando um tipo
de pântano ("swamp") que os locais chamam de "bayou", Dean
Wilson diz que o único animal
selvagem que habita essa região se
chama "gente".
Dirigindo uma lancha que leva
no máximo seis pessoas ou capturando pitus ("crawfishes") em armadilhas submersas penduradas
em galhos de árvores centenárias
que brotam dentro da água, o ecologista vive em função do Bayou
Sorrel, que integra o intrincado
pântano de Atchafalaya, que se
estende por 323.760 hectares nos
arredores de Baton Rouge.
Apesar do nome, Dean Wilson,
um especialista em rios norte-americanos, é espanhol. Ele adotou o rio Mississippi, de onde vem
a água dos "bayous", mas conhece toda a malha fluvial do país.
Para ele, "os EUA têm o maior
sistema de transporte de água doce no planeta, pois os rios se conectam por eclusas e, assim, há
navegação de carga para praticamente qualquer lugar".
Durante o "swamp tour" de
duas horas (www.lastwildernesstours.com; tel. local 225/659-2499), o ecologista narra como os
índios viviam do pântano e descreve sua história a partir do mapeamento e da sinalização feitos
por pioneiros em 1800.
De lá para cá, os "bayous", que
ocupavam enormes extensões da
Louisiana, foram reduzidos. Crítico da devastação ainda em curso,
Wilson censura a lei que, em 1856,
permitiu que empresas madeireiras cortassem as árvores até o limite da quase extinção, em 1920.
O passeio (US$ 20 para adultos e
US$ 10 para crianças de até dez
anos) identifica ciprestes (da família das sequóias, que podem viver 1.300 anos) e chorões (maiores que as árvores congêneres no
Brasil). Com sorte, dá para divisar
ninhos de castores e focar jacarés,
tartarugas, veados e felinos selvagens, além de inúmeros pássaros.
Há ainda quem mostre como é
o pântano nos arredores de Nova
Orleans em lanchas rápidas (no
site www.airboatswamptours.com há passeios de uma hora que
custam US$ 50) e até em hidroaviões (no site www.bayou-airtours.com, vôos de 35 minutos
custam US$ 50).
(SILVIO CIOFFI)
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