São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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TUDO "THAI"

Em residência real, turistas de bermuda não entram

Capital tailandesa, com o Grande Palácio e famosos templos budistas, merece ao menos um dia de visita

DO ENVIADO ESPECIAL À TAILÂNDIA

Com 8 milhões de habitantes, Bancoc, a capital tailandesa, é a única cidade do país que pode ser chamada de metrópole. Entre seus pontos de interesse histórico e cultural estão o Grande Palácio e os complexos de templos budistas de Wat Phra Kaew e Wat Pho. Eles merecem um dia de visita.
O Grande Palácio foi usado como a casa da família real.
Atualmente, o rei só o utiliza oficialmente em celebrações, mas grande parte da edificação principal é fechada ao público.
Os locais de visitação autorizada e os jardins compensam a visita e alguns objetos históricos da monarquia tailandesa estão expostos numa galeria.
Por ser um centro de visitação "obrigatória" dos estrangeiros, o palácio é procurado por estudantes universitários.
É comum um "farang" ser abordado por um grupo de tailandeses para responder a um questionário sobre como determinada questão é encarada em seu país. Como se trata da residência real, é esperado que os visitantes homens vistam calças -isso numa cidade em que os termômetros nunca baixam dos 20C e quase sempre estão perto dos 30C.
Como muitos turistas chegam lá de bermudas, camelôs vendem calças na porta do palácio, que conta com espaço para troca de roupas.
Bem ao lado do palácio fica o Wat Phra Kaew (a pronúncia é "vat-pra-kéu"). Construído em 1782, o complexo se espalha por uma ampla área e conta com mais de uma centena de prédios. É o legado de mais de 200 anos da história da realeza da Tailândia e seus experimentos arquitetônicos. Andar a esmo entre esses prédios é entretenimento para mais de horas.
A jóia dessa coroa é o Buda de Esmeralda. Pequena (tem 75 cm de altura) e esculpida em uma pedra que não é a preciosa que leva no nome, a estátua praticamente some em seu elaborado altar. Mas é a história que valoriza a peça.
No século 15, a estatueta ganhou fama na cidade de Chiang Rai, ao norte, quando o gesso que a cobria (prática comum à época, para evitar roubos de imagens valiosas) descascou, revelando uma camada brilhante. Na metade do século 16, invasores do Laos a roubaram.
O Buda de Esmeralda ficou no país vizinho por cerca de 200 anos, antes de ser recuperado pelos tailandeses em uma guerra e, posteriormente, conduzido para Bancoc.
O outro complexo de templos próximo, Wat Pho (fala-se "vat-pô"), interessa porque, na definição do guia "Lonely Planet", ele "concentra superlativos: o maior Buda reclinado, a mais vasta coleção de imagens de Buda da Tailândia e o primeiro centro do país para educação pública". O Buda reclinado tem 46 m de comprimento e 15 m de altura, é folheado a ouro e representa a morte de Buda (passagem para o Nirvana).
Depois de ver as outras quase 400 estátuas budistas nos prédios ao lado do que abriga o Buda deitado, uma massagem nas pernas é obrigatória.
Ao lado de uma das portas do complexo funciona um centro de preservação da medicina tradicional tailandesa (que inclui massagem). Duas grandes salas com ar-condicionado funcionam como escola de massagem, onde o turista pode se aliviar do calor e relaxar suas pernas, cansadas da caminhada.
O palácio e os complexos budistas ficam próximos ao rio Mae Nam Chao Phraya, às margens do qual a cidade foi fundada. Chegar até lá de barco pode não ser a forma mais rápida, mas certamente é a mais interessante. Há barcos que passam por outros braços do rio, que acabam servindo como ruas em um setor da cidade. (LF)


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