São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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TUDO "THAI"

Descubra templos budistas e a natureza de Chiang Mai

Cidade cercada por muralha em ruínas proporciona intercâmbio cultural e espiritual em apenas um dia

DO ENVIADO ESPECIAL À TAILÂNDIA

Relevante desde meados do século 15, quando era um dos pontos centrais de uma intricada rota de caravanas que interligava regiões dos atuais Laos, Mianmar, China e Tailândia, a cidade de Chiang Mai é o principal destaque da região norte do país.
Ela alia atrativos históricos e religiosos ao crescente negócio do ecoturismo.
A cidade histórica, cercada por uma muralha em ruínas, não é muito extensa. Para ter uma idéia, em um dia é possível percorrer as principais vias dentro desse perímetro. Mas, mesmo pequena, a região tem muitas atrações.
São 121 templos budistas dentro da cidade velha. Ao todo, a conta supera os 300 -número praticamente igual ao da cidade de Bancoc. Grande parte deles tem locais de hospedagem de monges.
Diferentemente do que costuma acontecer na capital, nos tempos de Chiang Mai eles são mais abertos a conversas com estrangeiros. Assim, seja em construções mais amplas e visitadas por turistas, seja em templos mais acanhados, o intercâmbio cultural e espiritual é atividade garantida.
Até por essa razão, não é fácil indicar um ou outro templo dentro da cidade -o melhor é se perder por ela e entrar em tantos quanto der vontade.
Foge dessa regra a recomendação para ir ao monastério de Doi Suthep, localizado na montanha homônima, a 16 km do centro da cidade. Além do astral budista, do alto do pico -acessível por uma escadaria- há belas vistas da região.
Mas Chiang Mai não é só contemplação. A vida noturna também é agitada, ainda que menos do que em Bancoc e Phuket. Além de bares, restaurantes e casas noturnas, uma boa opção noturna lá é o Night Bazar, camelódromo que opera só depois do pôr-do-sol.
Além dos produtos piratas à venda em qualquer ponto da Tailândia -filmes, roupas, relógios, tênis etc-, o turista acha boas alternativas de artesanato, na sua maioria ornadas com imagens de elefantes.
Mas os gigantescos animais não servem apenas de enfeite. As florestas, rios e montanhas da região de Chiang Mai -o nome da cidade também batiza a Província na qual ela está- muitas vezes começam a ser explorados no lombo de elefantes. É o primeiro passo de um procurado programa de ecoturismo, que pode durar de dois a cinco dias.

Na trilha da aldeia
Depois de sair de Chiang Mai de carro, os grupos entram num parque florestal nos limites da cidade de Pai, no ponto em que há fazendas de elefantes, que são usados para montaria por cerca de meia hora.
A seguir, são horas de caminhada até uma aldeia no alto de uma montanha. O tempo do percurso depende da disposição do grupo, que pode escolher entre várias opções de trilhas. É possível entender como vive a Tailândia rural, cuja economia é essencialmente agrária (cultivos de arroz, milho e -hoje em menor escala, mas presente- ópio).
Apesar de estar literalmente no meio do mato, a vila tem o suficiente para o guia cozinhar o jantar e para proporcionar higiene ao grupo. É como um camping cinco estrelas.
Nas trilhas, o cenário lembra o da Chapada Diamantina, na Bahia (inclusive pela profusão de cachoeiras e montanhas e pelo calor). A "volta à civilização" é um dos pontos altos. Primeiro, o grupo caminha até um rio de águas turbulentas.
De lá, embarca em botes de rafting, por onde rema por corredeiras de nível 3,5 (numa escala de 1 a 6) ao longo de cerca de meia hora.
Os 30 minutos finais são percorridos em jangadas de bambu que aportam num restaurante em que os turistas almoçam com a sensação de que viveram seus dias de Indiana Jones antes de voltar a Chiang Mai.
(LUIS FERRARI)


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