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TUDO "THAI"
Descubra templos budistas e a natureza de Chiang Mai
Cidade cercada por muralha em ruínas proporciona intercâmbio cultural e espiritual em apenas um dia
DO ENVIADO ESPECIAL À TAILÂNDIA
Relevante desde meados do
século 15, quando era um dos
pontos centrais de uma intricada rota de caravanas que interligava regiões dos atuais Laos,
Mianmar, China e Tailândia, a
cidade de Chiang Mai é o principal destaque da região norte
do país.
Ela alia atrativos históricos e
religiosos ao crescente negócio
do ecoturismo.
A cidade histórica, cercada
por uma muralha em ruínas,
não é muito extensa. Para ter
uma idéia, em um dia é possível
percorrer as principais vias
dentro desse perímetro. Mas,
mesmo pequena, a região tem
muitas atrações.
São 121 templos budistas
dentro da cidade velha. Ao todo, a conta supera os 300 -número praticamente igual ao da
cidade de Bancoc. Grande parte
deles tem locais de hospedagem de monges.
Diferentemente do que costuma acontecer na capital, nos
tempos de Chiang Mai eles são
mais abertos a conversas com
estrangeiros. Assim, seja em
construções mais amplas e visitadas por turistas, seja em templos mais acanhados, o intercâmbio cultural e espiritual é
atividade garantida.
Até por essa razão, não é fácil
indicar um ou outro templo
dentro da cidade -o melhor é
se perder por ela e entrar em
tantos quanto der vontade.
Foge dessa regra a recomendação para ir ao monastério de
Doi Suthep, localizado na montanha homônima, a 16 km do
centro da cidade. Além do astral budista, do alto do pico
-acessível por uma escadaria-
há belas vistas da região.
Mas Chiang Mai não é só
contemplação. A vida noturna
também é agitada, ainda que
menos do que em Bancoc e
Phuket. Além de bares, restaurantes e casas noturnas, uma
boa opção noturna lá é o Night
Bazar, camelódromo que opera
só depois do pôr-do-sol.
Além dos produtos piratas à
venda em qualquer ponto da
Tailândia -filmes, roupas, relógios, tênis etc-, o turista acha
boas alternativas de artesanato, na sua maioria ornadas com
imagens de elefantes.
Mas os gigantescos animais
não servem apenas de enfeite.
As florestas, rios e montanhas
da região de Chiang Mai -o nome da cidade também batiza a
Província na qual ela está-
muitas vezes começam a ser explorados no lombo de elefantes. É o primeiro passo de um
procurado programa de ecoturismo, que pode durar de dois a
cinco dias.
Na trilha da aldeia
Depois de sair de Chiang Mai
de carro, os grupos entram
num parque florestal nos limites da cidade de Pai, no ponto
em que há fazendas de elefantes, que são usados para montaria por cerca de meia hora.
A seguir, são horas de caminhada até uma aldeia no alto de
uma montanha. O tempo do
percurso depende da disposição do grupo, que pode escolher entre várias opções de trilhas. É possível entender como
vive a Tailândia rural, cuja economia é essencialmente agrária (cultivos de arroz, milho e
-hoje em menor escala, mas
presente- ópio).
Apesar de estar literalmente
no meio do mato, a vila tem o
suficiente para o guia cozinhar
o jantar e para proporcionar higiene ao grupo. É como um
camping cinco estrelas.
Nas trilhas, o cenário lembra
o da Chapada Diamantina, na
Bahia (inclusive pela profusão
de cachoeiras e montanhas e
pelo calor). A "volta à civilização" é um dos pontos altos. Primeiro, o grupo caminha até um
rio de águas turbulentas.
De lá, embarca em botes de
rafting, por onde rema por corredeiras de nível 3,5 (numa escala de 1 a 6) ao longo de cerca
de meia hora.
Os 30 minutos finais são percorridos em jangadas de bambu
que aportam num restaurante
em que os turistas almoçam
com a sensação de que viveram
seus dias de Indiana Jones antes de voltar a Chiang Mai.
(LUIS FERRARI)
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