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Na longa noite, que começa às 17h30, forró e jazz coexistem
Preços surpreendem paulistano; cerveja custa R$ 2,50, e chope, R$ 2,20
DA ENVIADA ESPECIAL
A noite é longa em Aracaju, já
que, por volta das 17h30, o dia
já começa a dar adeus. Para se
despedir dele, rume aos diversos bares da orla, que formam a
chamada Passarela do Caranguejo. Quem vem de São Paulo
se surpreende com os preços. A
cerveja de garrafa custa R$
2,50, e a água de coco, R$ 0,50.
Um dos mais famosos integrantes da passarela é o bar,
restaurante e casa de forró Cariri, fundado há nove anos por
"seu" Hamilton Santana, segurança aposentado após mais de
duas décadas de trabalho na
Petrobras.
O local concentra diversos
elementos típicos, desde pratos
como pitu (camarão graúdo de
água doce), caranguejo e moquecas, à decoração que remete
ao sertão, passando pelo forró.
Lampião e cristal líquido
Os ambientes foram decorados pelo dono, que se orgulha
de ter começado o negócio no
fundo de um terreno baldio
(onde ainda funciona a casa de
shows), de ter conseguido ampliar a casa e também de se
atualizar, trazendo inovações.
Na decoração, encontram-se
desde objetos típicos de casas
do sertão, como lamparinas,
moedores e faixas de chita no
teto, a modernidades como um
telão de cristal líquido e um
aparelho de som digital -estrutura para as apresentações
de músicos que acontecem na
casa diariamente. E é diariamente mesmo, com MPB às segundas e terças e forró nos outros dias.
O Cariri não fecha nunca,
"nem no Natal, nem no Ano
Novo ou em qualquer outra festa", diz Santana.
E as modernidades não param no telão. "É a única casa de
forró climatizada e umidificada. E aqui só toca forró pé-de-serra", sentencia o proprietário, que, logo depois, admite já
ter feito uma concessão ao forró "moderno", por conta dos
pedidos dos clientes, que tomam pinga Boazinha a R$ 3.
Da cozinha do Cariri saem
porções de patola (R$ 28) e camarão à moda do chef (moqueca de camarão no coco verde,
com camarão à milanesa no palito, arroz e farofa; R$ 78, para
duas pessoas).
Gibi
Para os mais tranqüilos, o endereço certo é o segundo andar
da galeria de lojas Habitar. Ali
fica o simpático Poyesis, misto
de livraria e bar. Nas estantes,
há principalmente quadrinhos
-que podem ser lidos pelos freqüentadores- e títulos de filosofia e psicologia.
Na vitrola, a
prioridade é o jazz. E, na mesa,
um chope bem tirado (R$ 2,20),
responsabilidade do barman ou
um café. Às terças e quintas, há
apresentação de bandas ao vivo. Intercalam-se no palco do
bar bandas de jazz (às terças) e
de chorinho (às quintas).
(FG)
CARIRI
Funciona diariamente, das 11h às
2h; av. Santos Dumont, Passarela
do Caranguejo; a casa de forró funciona das 22h30 até o último cliente. Seg., qui., feriado ou véspera de
feriado, a entrada custa R$ 10; às
ter., mulher paga R$ 5 e homem R$
10; às qua., sai R$ 10 para homem e
mulher não paga; sex. e sáb., custa
R$ 15 por pessoa
Tel.: 0/xx/79/3243-1379
POYESIS
Fica na galeria Habitar, na rua Vereador João Calazans, 609, loja 5;
funciona de seg. a sáb., de 12h a 0h
Tel.: 0/xx/79/3214-2309
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