São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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Na longa noite, que começa às 17h30, forró e jazz coexistem

Preços surpreendem paulistano; cerveja custa R$ 2,50, e chope, R$ 2,20

DA ENVIADA ESPECIAL

A noite é longa em Aracaju, já que, por volta das 17h30, o dia já começa a dar adeus. Para se despedir dele, rume aos diversos bares da orla, que formam a chamada Passarela do Caranguejo. Quem vem de São Paulo se surpreende com os preços. A cerveja de garrafa custa R$ 2,50, e a água de coco, R$ 0,50.
Um dos mais famosos integrantes da passarela é o bar, restaurante e casa de forró Cariri, fundado há nove anos por "seu" Hamilton Santana, segurança aposentado após mais de duas décadas de trabalho na Petrobras.
O local concentra diversos elementos típicos, desde pratos como pitu (camarão graúdo de água doce), caranguejo e moquecas, à decoração que remete ao sertão, passando pelo forró.

Lampião e cristal líquido
Os ambientes foram decorados pelo dono, que se orgulha de ter começado o negócio no fundo de um terreno baldio (onde ainda funciona a casa de shows), de ter conseguido ampliar a casa e também de se atualizar, trazendo inovações.
Na decoração, encontram-se desde objetos típicos de casas do sertão, como lamparinas, moedores e faixas de chita no teto, a modernidades como um telão de cristal líquido e um aparelho de som digital -estrutura para as apresentações de músicos que acontecem na casa diariamente. E é diariamente mesmo, com MPB às segundas e terças e forró nos outros dias.
O Cariri não fecha nunca, "nem no Natal, nem no Ano Novo ou em qualquer outra festa", diz Santana.
E as modernidades não param no telão. "É a única casa de forró climatizada e umidificada. E aqui só toca forró pé-de-serra", sentencia o proprietário, que, logo depois, admite já ter feito uma concessão ao forró "moderno", por conta dos pedidos dos clientes, que tomam pinga Boazinha a R$ 3.
Da cozinha do Cariri saem porções de patola (R$ 28) e camarão à moda do chef (moqueca de camarão no coco verde, com camarão à milanesa no palito, arroz e farofa; R$ 78, para duas pessoas).

Gibi
Para os mais tranqüilos, o endereço certo é o segundo andar da galeria de lojas Habitar. Ali fica o simpático Poyesis, misto de livraria e bar. Nas estantes, há principalmente quadrinhos -que podem ser lidos pelos freqüentadores- e títulos de filosofia e psicologia.
Na vitrola, a prioridade é o jazz. E, na mesa, um chope bem tirado (R$ 2,20), responsabilidade do barman ou um café. Às terças e quintas, há apresentação de bandas ao vivo. Intercalam-se no palco do bar bandas de jazz (às terças) e de chorinho (às quintas). (FG)

CARIRI
Funciona diariamente, das 11h às 2h; av. Santos Dumont, Passarela do Caranguejo; a casa de forró funciona das 22h30 até o último cliente. Seg., qui., feriado ou véspera de feriado, a entrada custa R$ 10; às ter., mulher paga R$ 5 e homem R$ 10; às qua., sai R$ 10 para homem e mulher não paga; sex. e sáb., custa R$ 15 por pessoa
Tel.: 0/xx/79/3243-1379

POYESIS
Fica na galeria Habitar, na rua Vereador João Calazans, 609, loja 5; funciona de seg. a sáb., de 12h a 0h
Tel.: 0/xx/79/3214-2309


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