São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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TERRA SANTA E DIVIDIDA

Região sagrada é surpreendente mosaico

Miscelânea de religiões alimenta babel de hábitos e costumes surpreendentemente harmoniosos entre si

PEDRO CARRILHO
ENVIADO ESPECIAL À TERRA SANTA

Não importa que tipo de viajante você seja, se aquele que busca as atrações históricas e arquitetônicas ou aquele que prefere as opções de belas e grandiosas paisagens.
Na chamada Terra Santa -encravada em Israel, incluindo Jerusalém e os territórios palestinos ocupados- você encontrará o que procura.
E aprenderá que o mesmo mosaico religioso que concentra pontos sagrados para católicos, judeus e muçulmanos, motivo de tensão permanente nas ruas e estradas, alimenta uma babel de hábitos e costumes que conseguem ser surpreendentes e harmoniosos entre si.
Se por um lado você fará uma imersão na história, pisando e visitando locais com até "x" mil anos, uma coisa é certa: fica difícil ignorar numa viagem a essas terras tão disputadas a sua história contemporânea.
Alguns questionamentos são inevitáveis. Como admirar os muros que cercam a Cidade Velha de Jerusalém e fechar os olhos para outro, o de separação, que está sendo construído pelo governo israelense?
Ou como comprar lembranças nos mercados árabes esquecendo a rotina de um trabalhador palestino, separado de parentes pelos "check points" (postos de controle de entrada e saída da cidade)?
As respostas às contradições caminham aos extremos. Uma colcha de paradoxos -a Terra Prometida dos judeus ou os territórios ocupados dos palestinos- que não deixa dúvida: ir a essa parte especial do planeta jamais será uma experiência turística convencional.

Algo mais
Fazer uma viagem à Terra Santa exige que o turista saiba mais que somente qual é a moeda em circulação ou quais são os idiomas falados. É bom ficar atento, por exemplo, aos dias sagrados de cada religião: para os muçulmanos é a sexta, para os judeus, o shabat (que começa no pôr do sol de sexta e vai até o entardecer de sábado), e para os cristãos, o domingo.
Apesar da ocidentalização, em alguns lugares o comportamento deve ser recatado. Zelo especial é aconselhável em visitas aos territórios palestinos, a Mea Shearim, em Jerusalém -que é reduto de ultraortodoxos- e a Safed, na Galiléia.


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