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TERRA SANTA E DIVIDIDA
Região sagrada é surpreendente mosaico
Miscelânea de religiões alimenta babel de hábitos e costumes surpreendentemente harmoniosos entre si
PEDRO CARRILHO
ENVIADO ESPECIAL À TERRA SANTA
Não importa que tipo de viajante você seja, se aquele que
busca as atrações históricas e
arquitetônicas ou aquele que
prefere as opções de belas e
grandiosas paisagens.
Na chamada Terra Santa
-encravada em Israel, incluindo Jerusalém e os territórios
palestinos ocupados- você encontrará o que procura.
E aprenderá que o mesmo
mosaico religioso que concentra pontos sagrados para católicos, judeus e muçulmanos, motivo de tensão permanente nas
ruas e estradas, alimenta uma
babel de hábitos e costumes
que conseguem ser surpreendentes e harmoniosos entre si.
Se por um lado você fará uma
imersão na história, pisando e
visitando locais com até "x" mil
anos, uma coisa é certa: fica difícil ignorar numa viagem a essas terras tão disputadas a sua
história contemporânea.
Alguns questionamentos são
inevitáveis. Como admirar os
muros que cercam a Cidade Velha de Jerusalém e fechar os
olhos para outro, o de separação, que está sendo construído
pelo governo israelense?
Ou como comprar lembranças nos mercados árabes esquecendo a rotina de um trabalhador palestino, separado de
parentes pelos "check points"
(postos de controle de entrada
e saída da cidade)?
As respostas às contradições
caminham aos extremos. Uma
colcha de paradoxos -a Terra
Prometida dos judeus ou os territórios ocupados dos palestinos- que não deixa dúvida: ir a
essa parte especial do planeta
jamais será uma experiência
turística convencional.
Algo mais
Fazer uma viagem à Terra
Santa exige que o turista saiba
mais que somente qual é a moeda em circulação ou quais são
os idiomas falados. É bom ficar
atento, por exemplo, aos dias
sagrados de cada religião: para
os muçulmanos é a sexta, para
os judeus, o shabat (que começa no pôr do sol de sexta e vai
até o entardecer de sábado), e
para os cristãos, o domingo.
Apesar da ocidentalização,
em alguns lugares o comportamento deve ser recatado. Zelo
especial é aconselhável em visitas aos territórios palestinos, a
Mea Shearim, em Jerusalém
-que é reduto de ultraortodoxos- e a Safed, na Galiléia.
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