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Piccadilly ainda é ponto de partida para conhecer a metrópole
Londres é cidade de pouco siso e muito riso
DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES
Em Londres, onde o Jubileu de
Ouro virou CD, DVD e vídeo da
BBC (que pode ser adquirido no
site www.bbc.co.uk), a revitalização começou antes do novo milênio. Em 2000, a metrópole, de 7
milhões de habitantes, já havia
despoluído o rio Tâmisa e viajava
a Paris em três horas, no trem Eurostar. Houve ainda o resgate do
design e do britpop, a moda festejou Stella McCartney e Maria
Grachvogel -sucessoras da "vovó" Mary Quant e da "mãe rebelde" Vivianne Westwood.
Identificado com a época da
contracultura, Piccadilly, bairro
ao redor da estátua de Eros -de
Alfred Gilbert, docemente equilibrada numa coluna desde 1892-,
sofreu. Mas segue sendo o local
dos cinemas, do distrito dos teatros, em cujos limites estão os restaurantes de Chinatown.
Hoje, Londres quase não passeia em torno da estátua art nouveau de Peter Pan (de George
Frampton, 1912, nos jardins de
Kensington). Ela se diverte -e
vai a museus modernos- em
South Bank/Southwark, do outro
lado do rio, bairro que, a propósito do novo milênio e, agora, dos
50 anos de reinado, foi reurbanizado (leia às págs. F8 e F9).
Mesmo assim, ir a Londres e
não ver a estátua do cupido soa
como heresia. Aparências enganam, e a capital britânica, pontuada por essas estátuas, é cidade de
pouco siso e muito riso (deu à luz
o humor lírico de Charlie Chaplin
e a graça desenxabida de Rowan
"Mister Bean" Atkinson).
A propósito da fantasia que a cidade inspira, Samuel Johnson
(1709?-1784), o homem que compilou o primeiro dicionário inglês
definitivo, dizia que "quem cansa
de Londres cansa da vida".
Para ver o básico, Piccadilly é
bom ponto de partida. A dica para quem pode morrer com 15 libras é pegar o ônibus que parte
dali e faz tour circular de 90 minutos. Já o ônibus regular custa só 1
libra, mas também ajuda a entender a cidade. Se você sabe aonde
ir, o metrô ("underground"), que
tem 300 estações e 11 linhas e circula até a meia-noite, economiza
tempo, pois o trânsito é intenso.
Num par de horas, o ideal é ir ao
British Museum (Great Russell
Street WC1B3DG, www.thebritishmuseum.ac.uk) e ver os frisos
retirados do Parthenon de Atenas
de 1799 a 1803. Ou passear a pé pelo bairro de Knightsbridge, entrando na Harrod's (que era chique e ficou cafona sob a gestão Al-Fayed) e, a seguir, ir até South
Kensington. Já em South Kensington, o Victoria & Albert Museum (Cromwell Road SW7,
www.vam.ac.uk) reúne esculturas, mostra de moda e quadros de
Constable e de Turner.
(SC)
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