São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 2002

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Às margens do Tâmisa, roda-gigante de 135 m está fincada em South Bank, bairro que passou por revolução urbanística

London Eye gira sobre a modernidade

DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

A oeste, o palácio de Buckingham, a sala de concertos Royal Albert Hall e a estátua do almirante Nelson, em cima da coluna da praça Trafalgar; ao norte, o complexo de lojas e entretenimento Covent Garden; a leste, a catedral St. Paul; e, a sudoeste, as Casas do Parlamento, o relógio Big Ben e a abadia de Westminster: esses são marcos londrinos avistados do alto da roda-gigante British Airways London Eye, de 135 m de altura, localizada no outrora cinzento bairro de South Bank, na face sul da ponte de Westminster.
South Bank, que nos primórdios da história da cidade ficava fora da jurisdição da City, com tavernas e locais de prazeres proibidos até o século 18, virou um dos bairros mais vitais de Londres. No século 19, docas, fábricas e a malha ferroviária tomaram conta da região, hoje reurbanizada e culturalmente efervescente.
Além da BA London Eye, que recebe 10 mil visitantes diariamente, essa região do lado oposto ao do relógio Big Ben está repleta de novidades.
Uma revolução urbanística fez nascer em South Bank a mais importante galeria de arte moderna, a Tate Modern (leia à pág. F9), a ponte do Milênio, o teatro shakespeariano The Globe e o recém-restaurado Gabriel's Wharf, bairro meio hippie repleto de lojas de artesanato, restaurantes e cafés à beira do rio Tâmisa.
Para chegar lá, Londres estendeu a linha Jubilee do metrô e edificou a estação Southwark, de concreto, com linhas arrojadas.
A Walkway (www.jubileewalkway.com), calçada de pedestres criada para o Jubileu de Prata, em 1977, foi recentemente aperfeiçoada e também passa pelo complexo na margem sul do rio.
Fincada numa curva do rio, ao lado do Marriott County Hall, hotel de luxo que ocupou a antiga sede da prefeitura, a BA London Eye (www.ba-londoneye.com) descortina, nos dias mais claros, um panorama de 40 km.

Volta por cima
Obra audaciosa de engenharia, a maior roda-gigante do mundo pesa 1.900 toneladas e gira a 0,26 metros por segundo, completando cada volta em cerca de meia hora. Foi construída com peças inglesas, alemãs e tchecas, mas as 32 cápsulas envidraçadas, que comportam 20 pessoas cada uma, foram feitas na França.
Aberta todos os dias, a roda-gigante funciona das 9h30 às 22h, embora, no fim do ano, quando o inverno chega ao hemisfério Norte, os passeios possam ocorrer apenas das 10h às 19h.
Para dar uma volta, adultos pagam 8,50 libras e crianças menores de 16 anos, 5 libras. Dá para driblar a fila reservando o bilhete pelo tel. local 0870-5000-600.
Ken Livingston, o prefeito de Londres, diz que a BA London Eye "dotou a cidade de um senso de modernidade e diversão". David Quarmby, diretor do British Tourist Authority (BTA), afirma que a roda-gigante "é o mais visível ícone de Londres".
(SILVIO CIOFFI)


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