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Às margens do Tâmisa, roda-gigante de 135 m está fincada em South Bank, bairro que passou por revolução urbanística
London Eye gira sobre a modernidade
DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES
A oeste, o palácio de Buckingham, a sala de concertos Royal
Albert Hall e a estátua do almirante Nelson, em cima da coluna da
praça Trafalgar; ao norte, o complexo de lojas e entretenimento
Covent Garden; a leste, a catedral
St. Paul; e, a sudoeste, as Casas do
Parlamento, o relógio Big Ben e a
abadia de Westminster: esses são
marcos londrinos avistados do alto da roda-gigante British Airways London Eye, de 135 m de altura, localizada no outrora cinzento bairro de South Bank, na face sul da ponte de Westminster.
South Bank, que nos primórdios da história da cidade ficava
fora da jurisdição da City, com tavernas e locais de prazeres proibidos até o século 18, virou um dos
bairros mais vitais de Londres. No
século 19, docas, fábricas e a malha ferroviária tomaram conta da
região, hoje reurbanizada e culturalmente efervescente.
Além da BA London Eye, que
recebe 10 mil visitantes diariamente, essa região do lado oposto
ao do relógio Big Ben está repleta
de novidades.
Uma revolução urbanística fez
nascer em South Bank a mais importante galeria de arte moderna,
a Tate Modern (leia à pág. F9), a
ponte do Milênio, o teatro shakespeariano The Globe e o recém-restaurado Gabriel's Wharf, bairro meio hippie repleto de lojas de
artesanato, restaurantes e cafés à
beira do rio Tâmisa.
Para chegar lá, Londres estendeu a linha Jubilee do metrô e edificou a estação Southwark, de
concreto, com linhas arrojadas.
A Walkway (www.jubileewalkway.com), calçada de pedestres
criada para o Jubileu de Prata, em
1977, foi recentemente aperfeiçoada e também passa pelo complexo na margem sul do rio.
Fincada numa curva do rio, ao
lado do Marriott County Hall, hotel de luxo que ocupou a antiga sede da prefeitura, a BA London Eye
(www.ba-londoneye.com) descortina, nos dias mais claros, um
panorama de 40 km.
Volta por cima
Obra audaciosa de engenharia,
a maior roda-gigante do mundo
pesa 1.900 toneladas e gira a 0,26
metros por segundo, completando cada volta em cerca de meia
hora. Foi construída com peças
inglesas, alemãs e tchecas, mas as
32 cápsulas envidraçadas, que
comportam 20 pessoas cada uma,
foram feitas na França.
Aberta todos os dias, a roda-gigante funciona das 9h30 às 22h,
embora, no fim do ano, quando o
inverno chega ao hemisfério Norte, os passeios possam ocorrer
apenas das 10h às 19h.
Para dar uma volta, adultos pagam 8,50 libras e crianças menores de 16 anos, 5 libras. Dá para
driblar a fila reservando o bilhete
pelo tel. local 0870-5000-600.
Ken Livingston, o prefeito de
Londres, diz que a BA London
Eye "dotou a cidade de um senso
de modernidade e diversão". David Quarmby, diretor do British
Tourist Authority (BTA), afirma
que a roda-gigante "é o mais visível ícone de Londres".
(SILVIO CIOFFI)
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