São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 2002

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Após a festa, vá à Feira de Artesanato

DO ENVIADO ESPECIAL

Depois de dançar o dia inteiro ao som de sanfonas e zabumbas e de se divertir com as animadas quadrilhas e atrações gigantes do São João de Caruaru, hora de descansar, certo? Errado. Além da música e da dança, a capital do agreste pernambucano exibe um emaranhado de cores e formas que não dá para ser ignorado, a começar pela Feira do Artesanato, conhecida como a maior feira livre do mundo, que funciona diariamente no parque 18 de Maio.
Em cada viela da feira, os artesãos apresentam trabalhos que traduzem a história de várias regiões de Pernambuco. São peças confeccionadas e lapidadas com variados materiais: barro, corda, madeira e até casco de árvores. Às terças, no mesmo local, acontece a feira da Sulanca. Cerca de 10 mil barraqueiros expõem artigos de cama, mesa, banho e vestuário.
Próximo à feira, no Parque de Eventos Luiz Gonzaga, está localizado o museu do Barro. Dividido em cinco ambientes, ele guarda mais de 2.300 peças dos principais ceramistas do país.
O forró é reverenciado num dos anexos, e a cantora paraibana Elba Ramalho tem espaço exclusivo. O museu reúne documentos, fotografias, figurinos e adereços de shows de alguns dos principais representantes da música nordestina, entre eles Luiz Gonzaga, o rei do baião. O Espaço Cultural Tancredo Neves, na pça. Cel. José de Vasconcellos, 100, fica aberto de terça a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos, das 8h às 13h.
O trabalho dos artesãos e as riquezas regionais de Pernambuco irradiam do Alto do Moura, vilarejo localizado a 7 km do centro de Caruaru. Considerado o maior centro de artes figurativas da América, título conferido pela Unesco, o bairro é habitado por centenas de ceramistas seguidores de Vitalino Pereira dos Santos, o precursor da arte em barro.
Além de inúmeros ateliês, o visitante tem à disposição o museu Mestre Vitalino, a casa onde nasceu e viveu o artista. O espaço reserva o acervo de peças originais, além de objetos pessoais e ferramentas de trabalho. O museu, que funciona na rua Mestre Vitalino, s/nš, fica aberto de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h, e aos domingos, das 9h às 13h.
Entre um passeio e outro, nada melhor do que se deliciar com as iguarias da culinária regional. Em qualquer ponto da cidade os restaurantes oferecem a tradicional buchada de bode, sarapatel, carne de sol, manteiga de garrafa e bode assado. (FM)


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