|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mountain-bike floresce nas trilhas acidentadas da ilha
Não é só de vento que vive
Ilhabela. Oitenta e cinco por
cento do município está em
área de parque estadual, somando 27.025 hectares. Com
relevo acentuado (são três
grandes picos com mais de mil
metros de altitude) e atributos
naturais excepcionais, como
córregos e rios, o ambiente é
ideal para mountain-bike.
O cenário parece fabricado
para o ciclismo de aventura: trilhas subidas e descidas agressivas exigem preparo físico e experiência. Há também passeios
leves, com visual arrebatador.
Assim como no kitesurfe,
Ilhabela gerou atletas de elite
no ciclismo. O atual líder do
ranking brasileiro de mountain-bike, Edvando de Souza
Cruz, filho de pescadores locais, iniciou carreira na ilha.
Vando, como é conhecido,
usava a bicicleta como meio de
transporte. No começo da década de 90, atravessava a ilha
para surfar na praia de Castelhanos. Motivado pelo tio Alcides de Souza Cruz, o Juninho
(também rankeado), Vando se
empenhou em treinos para
competir em provas regionais.
"A ilha é o lugar perfeito para
treinar, por ter todo tipo de terreno, além de ser um local tranqüilo, de contato direto com a
natureza", assinala Vando.
Além do bom relevo, Ilhabela
oferece boa infra-estrutura:
"Imagina você pedalar durante
horas em um local onde não há
nada para comer após o treino."
Entrando para o hall dos melhores circuitos de mountain-bike do mundo, Ilhabela foi palco do evento de cross triatlo X-Terra no mês passado. A prova
faz parte do X-Terra Global
Tour, que reúne a elite dos corredores de aventura.
Entre as melhores trilhas para a prática de mountain-bike
está a estrada de Castelhanos,
com 22 km que cortam o território de oeste a leste: são dez
quilômetros de subida e mais
dez de downhill. Para completar o trajeto, ida e volta, o atleta
leva de três a quatro horas.
Ao norte está o caminho para
a praia do Jabaquara, sem subidas muito longas, completando
17 km. Entre ida e volta, duas a
três horas de pedalada.
Um belo percurso é o da Cachoeira da Laje, a 24 km da balsa, dos quais 17 km são pela estrada costeira que é asfaltada,
com mais 3 km de estrada de
terra e outros 4 km de trilha.
Outro percurso é o do Morro
do Camarão, não muito conhecido, mas nem por isso menos
acessível: fez parte do trecho final da competição X-Terra, que
propicia uma pedalada técnica,
perfeita para quem quer adrenalina pura.
(RS)
Texto Anterior: 217 km de SP: Ilhabela abre espaço para mais esportistas Próximo Texto: Panorâmica - Air France: Rota SP-Paris tem primeira classe Índice
|