São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 2006

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Mountain-bike floresce nas trilhas acidentadas da ilha

Não é só de vento que vive Ilhabela. Oitenta e cinco por cento do município está em área de parque estadual, somando 27.025 hectares. Com relevo acentuado (são três grandes picos com mais de mil metros de altitude) e atributos naturais excepcionais, como córregos e rios, o ambiente é ideal para mountain-bike.
O cenário parece fabricado para o ciclismo de aventura: trilhas subidas e descidas agressivas exigem preparo físico e experiência. Há também passeios leves, com visual arrebatador.
Assim como no kitesurfe, Ilhabela gerou atletas de elite no ciclismo. O atual líder do ranking brasileiro de mountain-bike, Edvando de Souza Cruz, filho de pescadores locais, iniciou carreira na ilha.
Vando, como é conhecido, usava a bicicleta como meio de transporte. No começo da década de 90, atravessava a ilha para surfar na praia de Castelhanos. Motivado pelo tio Alcides de Souza Cruz, o Juninho (também rankeado), Vando se empenhou em treinos para competir em provas regionais.
"A ilha é o lugar perfeito para treinar, por ter todo tipo de terreno, além de ser um local tranqüilo, de contato direto com a natureza", assinala Vando.
Além do bom relevo, Ilhabela oferece boa infra-estrutura: "Imagina você pedalar durante horas em um local onde não há nada para comer após o treino."
Entrando para o hall dos melhores circuitos de mountain-bike do mundo, Ilhabela foi palco do evento de cross triatlo X-Terra no mês passado. A prova faz parte do X-Terra Global Tour, que reúne a elite dos corredores de aventura.
Entre as melhores trilhas para a prática de mountain-bike está a estrada de Castelhanos, com 22 km que cortam o território de oeste a leste: são dez quilômetros de subida e mais dez de downhill. Para completar o trajeto, ida e volta, o atleta leva de três a quatro horas.
Ao norte está o caminho para a praia do Jabaquara, sem subidas muito longas, completando 17 km. Entre ida e volta, duas a três horas de pedalada.
Um belo percurso é o da Cachoeira da Laje, a 24 km da balsa, dos quais 17 km são pela estrada costeira que é asfaltada, com mais 3 km de estrada de terra e outros 4 km de trilha.
Outro percurso é o do Morro do Camarão, não muito conhecido, mas nem por isso menos acessível: fez parte do trecho final da competição X-Terra, que propicia uma pedalada técnica, perfeita para quem quer adrenalina pura. (RS)


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