São Paulo, quinta-feira, 17 de setembro de 2009

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14- Paraty

Com ruas de pedras, destino deve ser explorado a pé

Em Paraty (www.paraty.com.br), os navios param ao largo e o desembarque costuma ser moroso. Deixar de lado a ansiedade é uma maneira de ficar detido numa sala segurando uma senha de papel antes de chegar ao cais do porto na colonial Paraty, cidade fluminense onde não circulam carros e que dista 28 km do Rio e 330 km de São Paulo.
O cais, onde chegam as lanchas dos transatlânticos, fica diante da igreja de Santa Rita (1722), onde funciona o museu de Arte Sacra.
Quem escolher uma das excursões de bordo, pode visitar alambiques de cachaça, fazer passeio de barco pelas ilhas da região ou, com um guia especializado, visitar igrejas e museus da cidade.
Mas dá bem para andar a pé pelas ruas calçadas com pedras irregulares de Paraty, onde, no dizer do arquiteto brasileiro Lúcio Costa (1902-1998), "os caminhos do mar e da terra se entrosam".
Do navio, quando não chove, o perfil da cidade emoldurada pela serra do Mar é pura poesia: as igrejinhas e as casas são um retrato de uma passado arquitetônico que Lúcio Costa chamou, talvez impropriamente, de "o nosso estilo." Impropriamente porque ele é quase português, rústico e algo barroco, tão original que foi tombado pela Unesco.
Cortada pelo rio Perequê-Açu, que fica à direita de quem contempla a fachada torta da igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios (1646), que já ruiu no passado, Paraty é cercada de barzinhos.
Diante da matriz, a pracinha é ponto de encontro e de paquera. Um mapinha banal serve de referência para, num par de horas, percorrer as suas 14 ruas calçadas por pedras, num estilo que já foi chamado de pé-de-moleque em alusão a um velho doce de amendoim caramelizado. No centrinho, aliás, é comum encontrar vendedores de doces e bolos com seus carrinhos-de-mão.


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