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14- Paraty
Com ruas de pedras, destino deve ser explorado a pé
Em Paraty (www.paraty.com.br), os navios param ao
largo e o desembarque costuma ser moroso. Deixar de lado
a ansiedade é uma maneira de
ficar detido numa sala segurando uma senha de papel antes de
chegar ao cais do porto na colonial Paraty, cidade fluminense
onde não circulam carros e que
dista 28 km do Rio e 330 km de
São Paulo.
O cais, onde chegam as lanchas dos transatlânticos, fica
diante da igreja de Santa Rita
(1722), onde funciona o museu
de Arte Sacra.
Quem escolher uma das excursões de bordo, pode visitar
alambiques de cachaça, fazer
passeio de barco pelas ilhas da
região ou, com um guia especializado, visitar igrejas e museus da cidade.
Mas dá bem para andar a pé
pelas ruas calçadas com pedras
irregulares de Paraty, onde, no
dizer do arquiteto brasileiro
Lúcio Costa (1902-1998), "os
caminhos do mar e da terra se
entrosam".
Do navio, quando não chove,
o perfil da cidade emoldurada
pela serra do Mar é pura poesia: as igrejinhas e as casas são
um retrato de uma passado arquitetônico que Lúcio Costa
chamou, talvez impropriamente, de "o nosso estilo." Impropriamente porque ele é quase
português, rústico e algo barroco, tão original que foi tombado
pela Unesco.
Cortada pelo rio Perequê-Açu, que fica à direita de quem
contempla a fachada torta da
igreja Matriz Nossa Senhora
dos Remédios (1646), que já
ruiu no passado, Paraty é cercada de barzinhos.
Diante da matriz, a pracinha
é ponto de encontro e de paquera. Um mapinha banal serve de referência para, num par
de horas, percorrer as suas 14
ruas calçadas por pedras, num
estilo que já foi chamado de pé-de-moleque em alusão a um
velho doce de amendoim caramelizado. No centrinho, aliás, é
comum encontrar vendedores
de doces e bolos com seus carrinhos-de-mão.
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