Escritor portenho escreve inspirado na cidade natal

MARINA DELLA VALLE
DA REDAÇÃO
PRISCILA PASTRE-ROSSI
ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES

Escolhida Capital Mundial do Livro de 2011 pela Unesco, Buenos Aires cultiva grande vocação para o turismo literário. O site oficial de turismo da capital argentina, por exemplo, mantém quatro mapas interativos (www.bue.gov.ar/literario) assinalando pontos relacionados com a literatura da Argentina, seja por terem sido descritos em clássicos ou pela importância biográfica para algum dos nomes de peso das letras relacionados à metrópole.
O primeiro mapa, "Camino de Las Letras", estão assinalados 24 locais presentes em obras de autores como Adolfo Bioy Casares (1914-1999), Ernesto Sábato e Leopoldo Lugones. Na avenida de Mayo, o mapa aponta a confeitaria London City (no número 599), onde Julio Cortázar (1914-1984) escreveu seu "Os Prêmios".
Além da herança litarária, outro atrativo são as famosas livrarias, como a El Ateneo, instalada desde 2000 no edifício do Grand Splendid, teatro inaugurado em 1919, na Recoleta -ali, leitores se aboletam nos antigos camarotes para folhear os livros à venda.
Num mercado editorial de fala hispana, a Argentina é famosa pelas casas editoras e pelas ricas edições de livros; leva, nesse particular, vantagem sobre o Brasil, já que bem mais gente no mundo é falante de espanhol do que português.

Livros Buenos
A cidade tem relação direta com "Ida", o último livro do escritor Oliverio Coelho, 32, lançado na argentina pela Editorial Planeta, mas ainda sem lançamento previsto no Brasil.
Fã do argentino Alan Pauls e dos brasileiros Guimarães Rosa e Clarice Lispector, Coelho diz que Buenos Aires o influencia à medida em que aceita a cidade. "Cogitei viver fora do país, mas decidi ficar e aceitar o que a cidade tem a oferecer."


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