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Grafite marca presença com coletivos como Run Don't Walk
DA ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES
Quem passar na rua Bonpland com a av. Córdoba verá
um grafite do Run Don't Walk
(www.rundontwalk.com.ar), grupo -ou coletivo-
formado por Tester, 37, e Frederico, 34, que há oito anos trabalham com arte de rua.
Eles participam do projeto
"Ser e Grafia", que reúne artistas da chamada "street art" de
São Paulo e Buenos Aires. Por
aqui, eles já mostraram alguns
de seus trabalhos na galeria
Choque Cultural (www.choquecultural.com.br), no
meio do ano passado.
"Gosto de como tudo se mescla. Saímos com muita gente, e
há muita integração. Isso é o
bom de tudo", diz Tester, um
dos integrantes da "comissão
técnica" desta edição, que elegeu os melhores lugares para
visitar na capital argentina.
Decoradores de exteriores
A "street art" na capital argentina é relativamente nova.
Tem uns 15 anos. Gonzalo -codinome GG-, de outro coletivo, o Buenos Aires Stencil
(www.bsasstencil.org), tem
39 anos e diz ser o mais velho
artista fazendo arte urbana por
lá. "As pessoas que trabalham
com isso em Buenos Aires têm,
em média, 30 anos", diz.
GG, que gosta de chamar sua
pintura de "decoração de exteriores", afirma que o trabalho
dos coletivos é ir contra a invasão de outdoors na sua cidade.
"Nossa função é mudar a cara dos lugares. Ainda mais em
Buenos Aires, que nos obriga a
ver cartazes publicitários, algo
que em São Paulo não ocorre
mais", diz. "Ninguém nos pede
permissão para mostrar anúncios de vinho ou maionese. O
cidadão também precisa ter o
direito de intervir na cena urbana", acredita.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)
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