|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DIZ O AVISO QUE EU LI
Empresa alemã planeja vôos com fumo 100% liberado
Para empresário, clientes não-fumantes vão achar o ar mais limpo do que em vôos de empresas regulares
DA REDAÇÃO
Na contramão do cerco ao fumo em escala mundial, o empresário alemão Alexander
Schoppmann resolveu apostar
nos viajantes que sentem falta
de suas baforadas durante vôos
e criou em 2005 a SMINTair
(http://smintair.com), acrônimo de Smoker's International Airways. A proposta da empresa, que ainda não começou
a operar, é oferecer vôos de luxo nos quais será permitido fumar em todos os assentos.
Segundo o site da empresa,
os clientes não-fumantes vão
achar o ar na cabine mais fresco que em qualquer outros
vôos de outras companhias por
conta de um sistema de condicionamento diferenciado com
adição de ar do exterior. Os
vôos ligando Düsseldorf a Tóquio, no Japão, e Xangai, na
China, serão operados em
aviões Boeing-747 modificados
para receber 138 passageiros
em vez dos habituais 416. Não
haverá classe econômica, apenas primeira classe e executiva.
Schoppmann não foge à polêmica: em carta publicada no
site, ele classifica os males causados por fumo passivo como
"a maior enganação de todos os
tempos" e compara o cerco
ao fumo dos dias de hoje à campanha contra o tabagismo da
era nazista.
Uma carta da Organização
Mundial da Saúde pedindo que
o empresário retifique informações creditadas à entidade
por ele (afirmando que fumo
passivo "não existe") e a resposta de Schoppmann podem
ser baixadas no site.
Criada em 2005, a SMINTair
já anunciou o início de seus
vôos em março e em outubro
de 2007, mas não deu início a
suas operações e não indica sua
situação atual no site. Um aviso
de outubro de 2007 afirma que
a empresa enfrentava dificuldades para realizar os serviços
programados devido à proibição do fumo no transporte público na Alemanha. Outro aviso, de julho deste ano, diz apenas que bancos exigem mais de
um fundador e o aumento do
capital inicial.
A reportagem da Folha contatou a empresa por e-mail,
mas não obteve resposta até o
fechamento desta edição.
Texto Anterior: Diz o aviso que eu li: Nos transatlânticos, o cigarro ainda encontra seu espaço Próximo Texto: Diz o aviso que eu li: Antes do check-in, informe-se sobre regras Índice
|