São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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DIZ O AVISO QUE EU LI

Empresa alemã planeja vôos com fumo 100% liberado

Para empresário, clientes não-fumantes vão achar o ar mais limpo do que em vôos de empresas regulares

DA REDAÇÃO

Na contramão do cerco ao fumo em escala mundial, o empresário alemão Alexander Schoppmann resolveu apostar nos viajantes que sentem falta de suas baforadas durante vôos e criou em 2005 a SMINTair (http://smintair.com), acrônimo de Smoker's International Airways. A proposta da empresa, que ainda não começou a operar, é oferecer vôos de luxo nos quais será permitido fumar em todos os assentos.
Segundo o site da empresa, os clientes não-fumantes vão achar o ar na cabine mais fresco que em qualquer outros vôos de outras companhias por conta de um sistema de condicionamento diferenciado com adição de ar do exterior. Os vôos ligando Düsseldorf a Tóquio, no Japão, e Xangai, na China, serão operados em aviões Boeing-747 modificados para receber 138 passageiros em vez dos habituais 416. Não haverá classe econômica, apenas primeira classe e executiva.
Schoppmann não foge à polêmica: em carta publicada no site, ele classifica os males causados por fumo passivo como "a maior enganação de todos os tempos" e compara o cerco ao fumo dos dias de hoje à campanha contra o tabagismo da era nazista.
Uma carta da Organização Mundial da Saúde pedindo que o empresário retifique informações creditadas à entidade por ele (afirmando que fumo passivo "não existe") e a resposta de Schoppmann podem ser baixadas no site.
Criada em 2005, a SMINTair já anunciou o início de seus vôos em março e em outubro de 2007, mas não deu início a suas operações e não indica sua situação atual no site. Um aviso de outubro de 2007 afirma que a empresa enfrentava dificuldades para realizar os serviços programados devido à proibição do fumo no transporte público na Alemanha. Outro aviso, de julho deste ano, diz apenas que bancos exigem mais de um fundador e o aumento do capital inicial.
A reportagem da Folha contatou a empresa por e-mail, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.


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