São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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DIZ O AVISO QUE EU LI

Antes do check-in, informe-se sobre regras

Mesmo com leis antitabagistas, alguns países permitem que estabelecimentos definam uso próprio

DA REDAÇÃO

"Se leis antifumo fizerem com que as pessoas sejam mais saudáveis, elas vão viajar mais".
O depoimento, simpático às restrições tabagistas, foi dado à Folha por Avis Rosental, diretor geral da IH&RA (International Hotel & Restaurant Association; www.ih-ra.com), órgão que monitora cerca de 300 mil hotéis e 8 milhões de restaurantes em todo o mundo.
Ele diz que ainda não há estatísticas sobre quantos países adotaram medidas antitabagistas mais duras nem sobre o impacto delas no turismo. "O que se sabe é que, depois da Europa e dos EUA, os países emergentes também começaram a ficar mais restritivos. É uma tendência mundial e é preciso que o setor se adapte", diz.

Leis e regras
Mas não é somente o setor que está sendo obrigado a tomar uma nova postura em relação ao cigarro. Antes de fazer as malas para a próxima viagem, aqueles que não conseguem conter a vontade de fumar precisam cruzar as informações das leis do país ou do Estado de destino com os dados do hotel escolhido.
Em Buenos Aires, o fumo é proibido em locais públicos, mas há hotéis com lugar para fumantes. Pela Inside Viagens (www.insideviagens.com.br), a diária no Colón Buenos Aires sai por US$ 136 , com café da manhã e taxas.
Em Nova York, nos Estados Unidos, também é possível encontrar hotéis com políticas tabagistas próprias, caso do Radisson Martinique. Pela Sulamerica Turismo (www.sulamericaturismo.com.br), sem café da manhã e com taxas, a diária sai por US$ 540.
Para viagens dentro do Brasil, por ora os Estados seguem a lei federal, de 1996, que permite áreas e quartos reservados a fumantes dentro dos hotéis.
Até agora, as regras hoteleiras mais rígidas foram estabelecidas em alguns Estados dos EUA e do Canadá. Segundo Jorge Berrio, presidente do Conselho de Negócios e Responsabilidade Social da Marriott Brasil (www.marriott. com.br), nenhum dos estabelecimentos da rede nesses países tem locais reservados para fumantes, o que representa 90% do total de hotéis da rede norte-americana.
"Temos de respeitar as leis locais. Nos lugares em que é permitido fumar, designamos quartos para fumantes e não-fumantes, assim como áreas específicas em restaurantes e outras áreas públicas", explica.
É o caso atual do Brasil, onde, segundo Berrio, hoje a maior parte -75% dos apartamentos da Marriott- é voltada para não-fumantes. Enquanto as novas regras não vêm, o número de quartos para cada tipo de público vai de encontro aos costumes locais e à demanda.
Segundo informações da Leading (www.lhw.com) sobre os hotéis associados, também na Inglaterra, na Itália e na França as leis são bastante rígidas quanto ao tabagismo em dependências de hotéis.
No Brown's Hotel (www.brownshotel.com), em Londres, nos italianos Grand Hotel Miramare (www.grandhotelmiramare.it) e Capri Palace (www.capripalace.com) e no Ritz Paris (www.ritzparis.com), apesar de haver uma cota de quartos para fumantes, não há áreas de convivência reservadas a eles.
Ainda segundo a associação de hotéis de luxo, o português Lapa Palace (www.lapapalace.com), que fica em Lisboa, não tem quartos para fumantes, e a área antes aberta a esse público agora está fechada.
Em Portugal, apenas espaços com área superior a 100 m2 podem ser "smoking friendly", ou seja, podem permitir o uso do cigarro em suas dependências.


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