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DIZ O AVISO QUE EU LI
Antes do check-in, informe-se sobre regras
Mesmo com leis antitabagistas, alguns países permitem que estabelecimentos definam uso próprio
DA REDAÇÃO
"Se leis antifumo fizerem
com que as pessoas sejam mais
saudáveis, elas vão viajar mais".
O depoimento, simpático às
restrições tabagistas, foi dado à
Folha por Avis Rosental, diretor geral da IH&RA (International Hotel & Restaurant Association; www.ih-ra.com),
órgão que monitora cerca de
300 mil hotéis e 8 milhões de
restaurantes em todo o mundo.
Ele diz que ainda não há estatísticas sobre quantos países
adotaram medidas antitabagistas mais duras nem sobre o impacto delas no turismo. "O que
se sabe é que, depois da Europa
e dos EUA, os países emergentes também começaram a ficar
mais restritivos. É uma tendência mundial e é preciso que
o setor se adapte", diz.
Leis e regras
Mas não é somente o setor
que está sendo obrigado a tomar uma nova postura em relação ao cigarro. Antes de fazer as
malas para a próxima viagem,
aqueles que não conseguem
conter a vontade de fumar precisam cruzar as informações
das leis do país
ou do Estado de destino com os
dados do hotel escolhido.
Em Buenos Aires, o fumo é
proibido em locais públicos,
mas há hotéis com lugar para
fumantes. Pela Inside Viagens
(www.insideviagens.com.br), a diária no Colón
Buenos Aires sai por US$ 136 ,
com café da manhã e taxas.
Em Nova York, nos Estados
Unidos, também é possível encontrar hotéis com políticas tabagistas próprias, caso do Radisson Martinique. Pela Sulamerica Turismo (www.sulamericaturismo.com.br),
sem café da manhã e com taxas,
a diária sai por US$ 540.
Para viagens dentro do Brasil, por ora os Estados seguem a
lei federal, de 1996, que permite áreas e quartos reservados a
fumantes dentro dos hotéis.
Até agora, as regras hoteleiras mais rígidas foram estabelecidas em alguns Estados dos
EUA e do Canadá. Segundo
Jorge Berrio, presidente do
Conselho de Negócios e Responsabilidade Social da Marriott Brasil (www.marriott.
com.br), nenhum dos estabelecimentos da rede nesses países tem locais reservados para
fumantes, o que representa
90% do total de hotéis da rede
norte-americana.
"Temos de respeitar as leis
locais. Nos lugares em que é
permitido fumar, designamos
quartos para fumantes e não-fumantes, assim como áreas
específicas em restaurantes e
outras áreas públicas", explica.
É o caso atual do Brasil, onde, segundo Berrio, hoje a
maior parte -75% dos apartamentos da Marriott- é voltada
para não-fumantes. Enquanto
as novas regras não vêm, o número de quartos para cada tipo
de público vai de encontro aos
costumes locais e à demanda.
Segundo informações da
Leading (www.lhw.com) sobre os hotéis associados, também na Inglaterra, na Itália e
na França as leis são bastante
rígidas quanto ao tabagismo
em dependências de hotéis.
No Brown's Hotel (www.brownshotel.com), em Londres, nos italianos Grand Hotel
Miramare (www.grandhotelmiramare.it) e Capri Palace
(www.capripalace.com) e no
Ritz Paris (www.ritzparis.com), apesar de haver uma cota de quartos para fumantes,
não há áreas de convivência reservadas a eles.
Ainda segundo a associação
de hotéis de luxo, o português
Lapa Palace (www.lapapalace.com), que fica em Lisboa,
não tem quartos para fumantes, e a área antes aberta a esse
público agora está fechada.
Em Portugal, apenas espaços
com área superior a 100 m2 podem ser "smoking friendly", ou
seja, podem permitir o uso do
cigarro em suas dependências.
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