São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

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Afrescos de Volpi em capela levam a bairro histórico

DA ENVIADA ESPECIAL A PIRACICABA

Afastado do centro, atrás do campus da Esalq e do aeroporto de Piracicaba, fica o bairro histórico de Monte Alegre, formado por trabalhadores - em sua maioria, imigrantes- em torno antiga da usina de açúcar de mesmo nome. Fundada no século 19 com o nome de engenho central de Monte Alegre, foi depois comprada pela família do usineiro Pedro Morganti.
Muitas casinhas -algumas com plantas já bem crescidas brotando dos telhados, criando uma cena curiosa- mantêm seus traços originais. Ao lado, um casarão de arquitetura eclética, de 1936, abriga o Instituto Educacional Rubens (http://rubensmoraes.org.br).
Mas é aos sábados, às 15h, que a principal atração do bairro recebe visitantes -dia e hora da missa na capela de São Pedro. Pequena, construída em estilo neorromânico nos moldes um templo em Siena, na Itália, a capela ostenta nas paredes, colunas e cúpula afrescos pintados por Alfredo Volpi (1896-1988), um dos principais expoentes da segunda geração do modernismo. É um dos poucos exemplares de arte sacra produzida por Volpi. Projetada por Antonio Abronte, a capela foi inaugurada em 1937.
A porção do bairro com as casas dos trabalhadores da usina e a capela foi comprada em 2001 por um grupo de empresários que pretende recuperar a região e transformá-la em um polo cultural e gastronômico.
O projeto está em fase de captação de recursos e inclui a restauração dos afrescos de Volpi, apagando as marcas deixadas pelo mel de colmeias de abelha que haviam se instalado na cúpula. (MDV)


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