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Afrescos de Volpi em capela levam a bairro histórico
DA ENVIADA ESPECIAL A PIRACICABA
Afastado do centro, atrás do
campus da Esalq e do aeroporto
de Piracicaba, fica o bairro histórico de Monte Alegre, formado por trabalhadores - em sua
maioria, imigrantes- em torno
antiga da usina de açúcar de
mesmo nome. Fundada no século 19 com o nome de engenho
central de Monte Alegre, foi depois comprada pela família do
usineiro Pedro Morganti.
Muitas casinhas -algumas
com plantas já bem crescidas
brotando dos telhados, criando
uma cena curiosa- mantêm
seus traços originais. Ao lado,
um casarão de arquitetura eclética, de 1936, abriga o Instituto
Educacional Rubens (http://rubensmoraes.org.br).
Mas é aos sábados, às 15h,
que a principal atração do bairro recebe visitantes -dia e hora da missa na capela de São
Pedro. Pequena, construída em
estilo neorromânico nos moldes um templo em Siena, na
Itália, a capela ostenta nas paredes, colunas e cúpula afrescos pintados por Alfredo Volpi
(1896-1988), um dos principais
expoentes da segunda geração
do modernismo. É um dos poucos exemplares de arte sacra
produzida por Volpi. Projetada
por Antonio Abronte, a capela
foi inaugurada em 1937.
A porção do bairro com as casas dos trabalhadores da usina
e a capela foi comprada em
2001 por um grupo de empresários que pretende recuperar
a região e transformá-la em um
polo cultural e gastronômico.
O projeto está em fase de
captação de recursos e inclui a
restauração dos afrescos de
Volpi, apagando as marcas deixadas pelo mel de colmeias de
abelha que haviam se instalado
na cúpula.
(MDV)
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