São Paulo, quinta-feira, 19 de março de 2009

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ORIENTE MÉDIO REAL

Refeição equivale a aula de costumes em solo jordaniano

Não use talheres nem a mão esquerda

DA ENVIADA ESPECIAL A PETRA

Depois de "Você teve de usar lenço na cabeça?", a pergunta "O que você comeu lá?" é a mais ouvida por quem volta da Jordânia.
Resposta: pão pita, baba ghanoush, tabule, iogurte, homus (pasta de grão-de-bico), falafel (bolinho de grão-de-bico) e cordeiro.
Com exceção da carne, todo o resto é servido até no café da manhã. O que muda é a relação que o visitante passa a ter com a comida. É que, para as famílias jordanianas mais tradicionais, fazer uma refeição é um ato que passa pelo prazer de servir e termina quase como um ritual.
Por isso, se for convidado, olho na etiqueta: sente-se no chão, não peça talheres, não leve nada à boca com a mão esquerda e, caso as mulheres da casa fiquem de fora, não insista para que elas se unam ao grupo.
Para simplificar, vale uma consideração para cada um desses comportamentos: você vai se sentar no chão porque é ali que os pratos serão servidos; não vai pedir talheres simplesmente porque algumas famílias não os usam; não vai levar o alimento à boca com a mão esquerda porque essa mão é para ser usada no banheiro, não à "mesa"; e não vai insistir para as mulheres da casa comerem porque elas e as crianças só farão isso depois que os homens e os turistas (homens e mulheres) terminarem. Mas o segredo mesmo é ficar atento aos costumes de cada casa. Muitas têm hábitos mais flexíveis.
Quem passar mais de uma noite em Petra pode agendar uma aula para aprender a preparar alguns pratos árabes em uma cozinha no centro de Wadi Musa, chamada Petra Kitchen (reservas na agência Petra Moon, pelo telefone: 00/xx/ 962/3/215-6665).
Experimente também ir ao Al Wardeh al Shamieh, no mesmo centrinho. Não se deixe intimidar pela entrada, cuja escada estreita leva a um pequeno salão de teto baixo. Aberto das 6h30 às 23h, não tem fachada em inglês, não tem cardápio e, praticamente, não tem turistas -ótimo sinal para quem quiser experimentar, de fato, os costumes dos locais. (PPR)


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