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aviação
Air France e KLM se fundem em holding
UM, DOIS, TRÊS Segundo executivos, dístico da fusão das empresas aéreas é "uma companhia, duas marcas e três negócios"
SILVIO CIOFFI
Editor de Turismo
Na sede das companhias, em
Paris e em Amsterdã, a palavra
de ordem é cooperação. Mas é
no dia-a-dia dos aeroportos
Charles De Gaulle e Schiphol
que a fusão, engendrada desde
2004, se dá na prática.
A Air France KLM, empresa
resultante da fusão das companhias aéreas francesa e holandesa, foi, no setor, a que mais
faturou no mundo no último
exercício fiscal: 21 bilhões.
Com o dístico "uma companhia, duas marcas e três negócios", executivos da Air France,
em Paris, e da KLM, em Amsterdã, definem as áreas de
atuação dessa megacompanhia
-transporte de passageiros
(79% do faturamento), carga
(14%) e manutenção (4%),
além de outras atividades (3%).
Em passageiros transportados, a nova companhia perde
para a American Airlines.
A Air France detém 80% da
holding que controla o grupo, e
a KLM tem os 20% restantes.
E o curioso é que, apesar da
fusão, as marcas Air France e
KLM não se extinguem e têm
no topo da hierarquia o francês
Jean-Cyril Spinetta.
A KLM foi a primeira empresa aérea do mundo, iniciando
operações em 1920 -voa para
o Rio de Janeiro desde 1946; já
a Air France, cujas origens remontam a 1925, iniciou vôos
regulares ao Brasil em 1953.
"Os ingleses resistiram a
voar em um avião da Air France, mas não em um da KLM",
confidenciou, em Paris, Patrick
Alexandre, diretor-geral da Air
France, prevendo que, em
2006-2007, a receita da nova
empresa franco-holandesa ultrapasse os 23 bilhões.
Com 102 mil funcionários, a
nova Air France KLM transportou no ano passado 70 milhões de passageiros, operando
565 aeronaves e servindo 247
cidades em cinco continentes.
Apenas entre a Europa e o
Brasil, o grupo tem, semanalmente, 28 vôos, tendo transportado no último ano fiscal
708 mil passageiros. Nesse momento, a Air France está contratando 70 comissários de
bordo brasileiros.
Por trás da megafusão, estão
razões como a sinergia de rotas
em mercados emergentes, como a Ásia, e o ganho de forças
para enfrentar a nova desregulamentação que aumentará a
agressividade das norte-americanas no mercado europeu.
Patrick Alexandre assegura
que, mundialmente, não foram
feitas demissões, mas é fato
que, no Brasil, por exemplo, as
empresas, que investiram no
programa conjunto de milhagem Flying Blue, já juntaram
seus escritórios.
A forma como as rotas se
complementam também está
na base da junção dessas companhias pioneiras que, agora,
participam da aliança global
Skyteam (www.skyteam.com). No entanto, elas mantêm seus próprios sites de vendas, o www.klm.com e o
www.airfrance.com.
Van der Zee, diretor da KLM,
explica que prioridade da companhia é fazer pela internet
40% das suas vendas até 2009.
Atualmente, 23% das passagens são vendidas pelo site
(contra, por exemplo, os 60%
comercializados pela concorrente British Airways).
SILVIO CIOFFI viajou a convite da Air France
KLM e do grupo hoteleiro Dorchester
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