São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2007

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Mercadões

Floripa tem vitrine do mar catarinense

NA ILHA Ostra, berbigão, polvo, siri e lagosta são alguns dos frutos do mar de bons preços do Mercado Público Municipal

Susi - 16.jul.2006/Diário Catarinense
No centro da capital catarinense e próximo às três pontes da cidade, vão separa alas norte e sul do mercado e abriga shows ao vivo


THIAGO MOMM
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

Ordenalfabetix, peixeiro das histórias em quadrinhos do Asterix, era acusado de vender produtos pouco frescos. Invariavelmente brigava com Automatix por causa disso. Seus peixes eram os melhores da Lutécia, mas esse lugar ficava a pelo menos duas semanas de viagem da aldeia gaulesa.
Não é um problema do Mercado Público Municipal de Florianópolis, que tem em cidades próximas ou na própria ilha a fonte de suas iguarias marítimas. Elas chegam logo depois de pescadas. "O frescor dos peixes é um dos atrativos do mercado de lá", saliva o gourmet Eduardo Maia, morador de Belo Horizonte, cidade distante da Lutécia mais próxima.
Maia, que conhece bem o mercado florianopolitano, é responsável pela receita que acompanha esta matéria, "filé de namorado em crosta de batata e molho de mexilhões".
Além de frescas, as iguarias da ilha têm bom preço: os 800 gramas do filé de namorado necessários para a receita custam, em média, R$ 11, e o meio quilo de mexilhões, R$ 5.
A mesma quantidade de filé de namorado custa, no comércio belo-horizontino, cerca de R$ 30; a de mexilhões, entre R$ 6 e R$ 9. Isso cidade afora; no mercado, muitas vezes só estão disponíveis sob encomenda.
Florianópolis, que se notabiliza pela produção de ostras, tem dúzias no mercado até por R$ 4. Portanto, quando aparecer por lá, compre um isopor em uma loja local de artigos para pesca e faça a farra: na Peixaria do Chico, a maior, a tainha, que entra na sua melhor época em maio, custa R$ 4,50 o quilo.
O quilo do camarão, dependendo do tamanho e da classificação, sai entre R$ 7,50 e R$ 20. No aeroporto da capital, para os desavisados, o quilo do camarão de tipo rosa, não muito grande, custa R$ 25.
Além dos boxes com inúmeros peixes como cação e salmão e com frutos do mar como berbigão, polvo, siri e lagosta, o mercado de Floripa tem o conhecido Box 32 (leia texto nesta página) e alguns outros bons lugares para tomar um chope.
Há também lojinhas com artesanato. Um "Bob Marley ilhéu", com prancha debaixo do braço, custa R$ 7.
Outra vantagem do mercado é a localização: quem passeia a pé pelo centro de Florianópolis, quem faz um tour por ali de carro ou quem sai do principal terminal de ônibus da cidade esbarra nele.
Quando o visitante se dá conta, está no corredor estreito das peixarias e botecos ouvindo aquele acelerado sotaque mané e sentindo o não tão acelerado pulso da cidade.


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