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Mercadões
Fechado domingo, mercado só palpita sábado de manhã
NA MESMA Reconstruída após incêndio em 2005, ala norte, repleta de bancas de calçados, lembra camelódromo
DO ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
Após encher o isopor de frutos do mar, provar o chope, degustar os pitéus e observar ou
comprar alguns artesanatos, o
turista terá esgotado as virtudes do Mercado Público Municipal da ilha. Pode soar um programa bastante extenso, mas
há mercados com mais opções.
A ala norte, que sofreu um incêndio em 2005, já foi reconstruída, mas ficou praticamente
como era: um corredor para
calçados, roupas e bijuterias,
que lembra bastante um camelódromo. Há inclusive um boxe
de número 32 ali, como o da ala
sul, mas bem menos ilustre:
vende vários tipos de tênis All
Star por R$ 49.
Beto Barreiros, dono do Box
32 (o famoso barzinho, não a
loja de tênis), diz já ter estado
em mercados de mais de 30
países. Mas um dos que mais o
deslumbraram foi um brasileiro: o de Belo Horizonte, que visitou recentemente.
O mercado mineiro é justamente um bom parâmetro para
perceber o que falta ao mercadão da capital catarinense:
aquele perde, claro, em preços e
variedade de frutos do mar (leia
texto na página F14), mas ganha na diversidade de outros
produtos, na palpitação e no
horário -fica mais tempo aberto: sábado, fecha às 18h, e domingo, às 13h. O de Florianópolis nem abre domingo e, sábado,
arrefece no meio da tarde.
Lojas exclusivamente de
queijos, cachaças, temperos ou
ingredientes para feijoada são
apelos do mercado de Belo Horizonte, assim como barzinhos
de cardápio inventivos e preços
mais tranqüilos.
No de Floripa, intercalados
às peixarias, há um ou outro
açougue e mercearia, uma confeitaria idêntica a um estabelecimento de shopping (deliciosa, mas um pouco alienígena
em um mercado municipal) e
uma loja de pintura. Justificam
menos a visita do que a observação dos costumes nativos.
Nos sábados e domingos de
tempo aberto, a população corre para as praias e abandona o
local. Mas, nos finais de semana
de tempo medonho, um mercado mais pulsante seria ótima alternativa aos quatro shoppings
da Grande Florianópolis.
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