São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2007

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Mercadões

Fechado domingo, mercado só palpita sábado de manhã

NA MESMA Reconstruída após incêndio em 2005, ala norte, repleta de bancas de calçados, lembra camelódromo

DO ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

Após encher o isopor de frutos do mar, provar o chope, degustar os pitéus e observar ou comprar alguns artesanatos, o turista terá esgotado as virtudes do Mercado Público Municipal da ilha. Pode soar um programa bastante extenso, mas há mercados com mais opções.
A ala norte, que sofreu um incêndio em 2005, já foi reconstruída, mas ficou praticamente como era: um corredor para calçados, roupas e bijuterias, que lembra bastante um camelódromo. Há inclusive um boxe de número 32 ali, como o da ala sul, mas bem menos ilustre: vende vários tipos de tênis All Star por R$ 49.
Beto Barreiros, dono do Box 32 (o famoso barzinho, não a loja de tênis), diz já ter estado em mercados de mais de 30 países. Mas um dos que mais o deslumbraram foi um brasileiro: o de Belo Horizonte, que visitou recentemente.
O mercado mineiro é justamente um bom parâmetro para perceber o que falta ao mercadão da capital catarinense: aquele perde, claro, em preços e variedade de frutos do mar (leia texto na página F14), mas ganha na diversidade de outros produtos, na palpitação e no horário -fica mais tempo aberto: sábado, fecha às 18h, e domingo, às 13h. O de Florianópolis nem abre domingo e, sábado, arrefece no meio da tarde.
Lojas exclusivamente de queijos, cachaças, temperos ou ingredientes para feijoada são apelos do mercado de Belo Horizonte, assim como barzinhos de cardápio inventivos e preços mais tranqüilos.
No de Floripa, intercalados às peixarias, há um ou outro açougue e mercearia, uma confeitaria idêntica a um estabelecimento de shopping (deliciosa, mas um pouco alienígena em um mercado municipal) e uma loja de pintura. Justificam menos a visita do que a observação dos costumes nativos.
Nos sábados e domingos de tempo aberto, a população corre para as praias e abandona o local. Mas, nos finais de semana de tempo medonho, um mercado mais pulsante seria ótima alternativa aos quatro shoppings da Grande Florianópolis.


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