São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2004

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DE PORTAS ABERTAS

Paisagem diversa da do Brasil estimula passeio entre Cascais e Azenhas do Mar, apesar dos ventos frios

Em Portugal, Europa desaba no Atlântico

Maristela do Valle/Folha Imagem
Azenhas do Mar, com a piscina de um restaurante no canto direito e uma pública dentro do mar


DA ENVIADA ESPECIAL A PORTUGAL

As piscinas construídas pelo homem à beira-mar, entre falésias e paredões rochosos, colorem o litoral ao noroeste de Lisboa e oferecem uma água menos gelada que a do mar dessa costa.
A do restaurante Azenhas do Mar (tel. 00/xx/351/219/280-739), no vilarejo homônimo, contrasta com as casinhas brancas penduradas no morro e pode ser freqüentada durante todo o dia, mesmo para quem ali não almoçar, pelo preço médio de 10.
Mas não tem custo mergulhar na piscina de pedra grudada no despenhadeiro, quase dentro do oceano, dependendo da maré. As crianças se divertem quando as ondas arrebentam nas bordas da grande banheira marinha. O cenário está à vista de quem circula por uma escadaria, onde uma pedra ostenta o verso: "Nossos olhos estão vendo/Água, rochedos e mar/Tudo mais irá morrendo/Só isso teima em ficar".
Também a estalagem Muchaxo (www.muchaxo.com; tel. 00/xx/ 351/21/487-0221), na praia do Guincho, tem uma piscina aberta à visitação com esquema igual ao do restaurante de Azenhas para quem não é hóspede. O muro de pedra com uma espécie de janela de vidro acentua o azul do mar e protege os banhistas do vento frio da região, capaz de causar dor aos ouvidos dos desavisados, mas muito querido pelos praticantes de windsurfe. A areia que voa com a ventania obriga os motoristas a fechar as janelas do carro.
Mas nem por isso o litoral português deve ser ignorado. Ao percorrer a costa entre Cascais e Azenhas do Mar, o turista passeia por um cenário particular de rochedos que desabam no Atlântico.
Se quiser aproveitar para se bronzear, pode lagartear na praia da Adraga, circundada por uma montanha que a protege dos ventos. A pedra furada do canto esquerdo inquieta as crianças. Mas a água do mar gela os pés.
A poucos quilômetros dali fica o cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa. Algumas construções, como um farol e uma loja de suvenires, movimentam o ponto geográfico. Quem quiser provar para os amigos que esteve ali pode comprar um certificado por 5 ou 10. O modelo mais caro tem um aspecto mais rebuscado e uma foto do local.
No fim do dia, um bom cenário para o "almojanta" comum de veranistas é a Casa da Guia (www.casadaguia.com), em Cascais. Lojas, restaurantes e espaço para as crianças brincarem circundam uma construção do século 19 com lojas de decoração. Das mesinhas o comensal tem uma bela vista do encontro do mar com as falésias.
(MARISTELA DO VALLE)


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