|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ACHADOS PERUANOS
A simpática capital reúne prédios barrocos, ruína arqueológica e churros fresquinhos vendidos na rua
Lima tem apelo para estar na rota da viagem
DA ENVIADA ESPECIAL AO PERU
Muita gente que viaja para o
Peru não passa por Lima. Segue, em geral, da Bolívia para
Puno -para ver o Titicaca- e,
de lá, para Cusco -para ver
Machu Picchu. Mas a capital
não deve passar batida.
Simpática, com orla marítima que lembra as grandes cidades do litoral paulista, Lima
concentra um terço da população peruana, um centro colonial cheio de curiosidades, algumas ruínas pré-colombianas
e ao menos dois belos museus.
O centro colonial apresenta
ao visitante a face europeizada
da cidade, com igrejas barrocas
do século 16. Ali fica a catedral,
suntuosa, vizinha da sede do arcebispado, que tem uma impressionante varanda entalhada em cedro da Nicarágua, uma
madeira fina, que permite entalhes minuciosos. Próximo da
catedral fica a igreja e mosteiro
de São Francisco, de 1540. Dentro do mosteiro está o museu
das Catacumbas, passeio bem
curioso. Tudo começa no pátio
interno do mosteiro, adornado
com azulejos sevilhanos. O lugar guarda silêncio: é que junto
dos turistas caminham os monges -o mosteiro, em atividade,
abriga 50 deles.
Então entra-se no tal museu
das Catacumbas. São corredores escavados que serviram como cemitério público. Os ossos
foram separados, de forma que
hoje há seções de fêmures, crânios, tíbias e afins. O grande final é um tanque redondo com
diversos ossos organizados de
maneira concêntrica formando
um desenho mórbido.
Deixando as catacumbas de
lado, de volta à luz nublada das
ruas, nos arredores da igreja,
lojas vendem churros fresquinhos. Há de dois tipos. Um que
é igual ao que há no Brasil e outro que tem uma massa mais
consistente, entre a do churros
e a do rolinho primavera. Nesse
churro vêem-se as dobras da
massa para formar o envelope
recheado com doce de leite.
Bairro
No centro de Miraflores fica
Huaca Pucllana (http://pucllana.perucultural.org.pe), um
sítio arqueológico que deve ser
visitado por quem passa pela
cidade. Da cultura lima, povo
que habitou a capital entre 200
e 700, o sítio hoje abriga um
restaurante, que serve de desculpa para que o turista possa
conhecer o lugar à noite. Uma
guia apresenta a construção
feita com tijolos colocados lado
a lado, como se fossem livros
em uma estante.
(HELOISA LUPINACCI)
Texto Anterior: Peru incita turista a garimpar sua história Próximo Texto: Pacotes para o Peru Índice
|