São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"CHEVERE!"

Desconhecida dos turistas, La Boquilla tem aspecto semi-selvagem; lancha chega às obrigatórias ilhas do Rosário

Ônibus antropológico leva a praia discreta

EM CARTAGENA

Um pouco distante do centro e com um aspecto semi-selvagem que vale os 15 minutos e os 12 mil pesos (R$ 13,50) gastos em táxi até chegar lá, a praia de La Boquilla é uma vila de pescadores que ainda não foi descoberta pela indústria turística. São 8 km de areia que se estendem em uma faixa de mais de 50 m de largura. Há cabanas onde os pescadores oferecem comida honesta e barata -10 mil pesos são mais que suficientes para duas pessoas almoçarem.
Os desbravadores podem optar por ir até La Boquilla de ônibus, que sai da Cidade Velha. O trajeto é uma aula de antropologia cultural. O transporte público em Cartagena é feito por pequenos ônibus que cada motorista pode decorar ao seu modo. Os mais tradicionais utilizam almofadas de fuxico para dar mais conforto ao condutor, colocam relicários e imagens da Virgem da Candelária no teto e no pára-sol e fazem desenhos variados por dentro e por fora da lataria. Quase todos estão com o rádio sintonizado em rádios populares que tocam ritmos como o vallenato (parecido com o forró), a champeta (variação do vallenato) e o regueton (mescla de rumba e reggae que virou febre no Caribe, especialmente na Colômbia e em Porto Rico).
Os ônibus que vão para La Boquilla seguem por uns 15 minutos pelo Malecón e, em seguida, entram à esquerda numa estrada de terra. Depois de ziguezaguear entre as ruas estreitas do bairro suburbano de La Boquilla, chegam à praia. Não há ponto nem terminal. O passageiro desce pisando diretamente na areia, a cerca de 20 metros da água.

Ilhas do Rosário
Um passeio idílico é ir às ilhas do Rosário. O arquipélago está ao sul da baía de Cartagena.
O tour dura o dia inteiro e, quem estiver hospedado no Sofitel Santa Clara, pode usar as facilidades do hotel San Pedro de Majagua (www.hotelmajagua.com), que fica no arquipélago. No caminho, o mar costuma ficar agitado a partir das 16h, hora em que os barqueiros iniciam a volta. É melhor chegar cedo ao píer dos Pégasos, no centro, de onde saem as lanchas; já os hóspedes têm o transfer incluído na diária do Sofitel Santa Clara. Com árvores majestosas, restaurante e bar diante da praia, o local tem infra-estrutura para prática de esportes náuticos.
(RAFAEL ALVES PEREIRA)


Colaborou Silvio Cioffi


Texto Anterior: "Chevere!": Espreguiçar-se nas areias cartageneras exige paciência
Próximo Texto: Vallenato se parece com o forró
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.