Outra conversa comum entre os habitantes são as guerras antigas que tiveram a cidade como palco

DO ENVIADO ESPECIAL A NATAL

Os natalenses se gabam da paisagem privilegiada. Nas conversas, ufanam-se ao falar sobre o ar mais puro das Américas -segundo a Nasa, frisam. E também gostam muito de narrar as contendas de que a capital já foi palco e que provocaram substanciais transformações na cultura local.
Marco da colonização portuguesa e da arquitetura em Natal, a fortaleza dos Reis Magos começou a ser erguida na barra do rio Potengi, em 1598. A construção foi o meio encontrado pelos conquistadores para proteger a área dos franceses e dos índios, mas pouco adiantou contra os holandeses.
A posição estratégica da fortaleza, os numerosos rebanhos de gado e as salinas levaram os holandeses a enviar expedições de observação. Somente em 1633 os holandeses invadiram a cidade de Natal, em uma operação que mobilizou 11 navios e mais de 800 soldados.
Denominada Nova Amsterdã, a cidade permaneceu sob o domínio holandês por aproximadamente 20 anos, até o retorno dos portugueses.
A localização geográfica foi também um dos motivos para que os norte-americanos montassem uma base militar ali durante a Segunda Guerra. A costa mais próxima da Europa serviu de trampolim para os aviões americanos que seguiam para o velho continente.
A presença dos militares americanos resultou, assim como quando Portugal e Holanda se revezaram no domínio da cidade, na miscigenação. Daí ser comum ver natalenses de pele morena e olhos azuis. (AN)


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