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NORDESTE
Centro histórico propõe passeio contemplativo
Ruas do bairro da Ribeira, o mais antigo, são prato cheio para quem gosta de arquitetura e de pequenas compras
DO ENVIADO ESPECIAL A NATAL
Amantes da fotografia e da
arquitetura encontram, numa
caminhada pelo centro histórico, o passeio ideal. De estilo
neoclássico, casarões de engenho, prédios públicos e sobrados onde viveram importantes
famílias locais expõem o desenvolvimento de Natal.
No bairro do Ribeira, o mais
antigo da capital, fica a rua Chile. Uma das principais vias públicas da cidade no século 19, a
antiga rua da Alfândega e do
Comércio conserva ainda prédios que foram erguidos para
servir de armazém de algodão e
açúcar. Hoje, alguns viraram
bares e casas noturnas, mas
mantêm a fachada original.
Na mesma rua está o sobrado
que, por muitos anos, foi considerado o mais alto do bairro.
Com três pavimentos, o imóvel
do número 106 foi sede do governo de 1869 a 1902.
Ainda no bairro há o teatro
Augusto Maranhão. O prédio,
de 1898, tem traços da arquitetura francesa da época e piso de
origem belga na platéia.
O passeio contemplativo
abrange também a Cidade Alta,
onde estão o museu Café Filho,
o Memorial Câmara Cascudo, o
Palácio Potengi e a igreja de
santo Antônio.
Compras
Antiga cadeia pública, o Centro de Turismo reúne produtos
regionais, do artesanato à comida. Nas 36 lojas, vendem-se
trajes de banho, roupas de cama, toalhas, bolsas e cangas.
Os artigos mais procurados
são os bordados e os crochês de
Caicó, que impressionam pelo
capricho no acabamento.
A tradição, porém, tem seu
preço. Um caminho de mesa de
meio metro custa, em média,
R$ 75. Uma toalha bordada em
richelieu de 2,20 metros de
comprimento sai por R$ 650.
Obras de artistas potiguares
ficam na galeria de artes e antigüidades. O "barroco contemporâneo" impera. São santos e
presépios de artistas como Luzia Dantas, de Currais Novos, e
Gregório, de Tangará.
Produtos exóticos, como a
cachaça com caranguejo, chamam a atenção. O natalense
brinca dizendo que o crustáceo
cresce dentro da garrafa e,
quando atinge o tamanho ideal,
enche-se o vasilhame com a
pinga. O gosto? Bem, o gosto
não se discute.
(AN)
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