São Paulo, quinta-feira, 20 de setembro de 2007

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NORDESTE

Centro histórico propõe passeio contemplativo

Ruas do bairro da Ribeira, o mais antigo, são prato cheio para quem gosta de arquitetura e de pequenas compras

DO ENVIADO ESPECIAL A NATAL

Amantes da fotografia e da arquitetura encontram, numa caminhada pelo centro histórico, o passeio ideal. De estilo neoclássico, casarões de engenho, prédios públicos e sobrados onde viveram importantes famílias locais expõem o desenvolvimento de Natal.
No bairro do Ribeira, o mais antigo da capital, fica a rua Chile. Uma das principais vias públicas da cidade no século 19, a antiga rua da Alfândega e do Comércio conserva ainda prédios que foram erguidos para servir de armazém de algodão e açúcar. Hoje, alguns viraram bares e casas noturnas, mas mantêm a fachada original.
Na mesma rua está o sobrado que, por muitos anos, foi considerado o mais alto do bairro. Com três pavimentos, o imóvel do número 106 foi sede do governo de 1869 a 1902.
Ainda no bairro há o teatro Augusto Maranhão. O prédio, de 1898, tem traços da arquitetura francesa da época e piso de origem belga na platéia.
O passeio contemplativo abrange também a Cidade Alta, onde estão o museu Café Filho, o Memorial Câmara Cascudo, o Palácio Potengi e a igreja de santo Antônio.

Compras
Antiga cadeia pública, o Centro de Turismo reúne produtos regionais, do artesanato à comida. Nas 36 lojas, vendem-se trajes de banho, roupas de cama, toalhas, bolsas e cangas.
Os artigos mais procurados são os bordados e os crochês de Caicó, que impressionam pelo capricho no acabamento.
A tradição, porém, tem seu preço. Um caminho de mesa de meio metro custa, em média, R$ 75. Uma toalha bordada em richelieu de 2,20 metros de comprimento sai por R$ 650.
Obras de artistas potiguares ficam na galeria de artes e antigüidades. O "barroco contemporâneo" impera. São santos e presépios de artistas como Luzia Dantas, de Currais Novos, e Gregório, de Tangará.
Produtos exóticos, como a cachaça com caranguejo, chamam a atenção. O natalense brinca dizendo que o crustáceo cresce dentro da garrafa e, quando atinge o tamanho ideal, enche-se o vasilhame com a pinga. O gosto? Bem, o gosto não se discute. (AN)


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