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NORDESTE
Maranhão vai além de São Luís e Lençóis
Com 640 km de praias, Estado conta com o segundo maior litoral brasileiro, atrás apenas da costa baiana
CAROLINA COSTA
ENVIADA ESPECIAL AO MARANHÃO
Oásis onde moram famílias
isoladas, passeios de jipe por lagoas que desaparecem no verão, naufrágios visíveis à distância, casario colonial com azulejos portugueses e ingleses
do século 18, mangues com vegetação de 20 metros de altura,
festas que misturam o sagrado
e o profano, ilhas e praias desertas, revoada de pássaros de
um vermelho intenso, só comparável ao do pôr-do-sol.
Sua viagem para o Maranhão
só inclui São Luís e Lençóis
Maranhenses? Pois você não
sabe o que está perdendo.
Região colonizada por espanhóis, franceses, holandeses e
portugueses, o Maranhão tem
640 km de praias -o segundo
maior litoral brasileiro, atrás
apenas do litoral da Bahia.
Em 1997, sua capital foi considerada pela Unesco um dos 17
patrimônios culturais da humanidade no país. Desde então,
a maioria dos pacotes turísticos
para o Estado é parecida, variando de acordo com o tempo
de permanência desejado.
A viagem tende a começar
com uma visita ao centro histórico de São Luís, onde há um
dos maiores acervos de mosaicos portugueses no Brasil, cerca de 2.500 casarões do século
18 tombados e grandes festas
religiosas, que acontecem de
maio a setembro.
Seguindo o roteiro tradicional, o turista chega a Alcântara
num passeio de 18 km pela baía
de São Marcos. Famosa por ter
sido o palco da trágica explosão
de um foguete, em 2003, a cidade de 22 mil habitantes tem
ruínas de casarios coloniais,
praias desertas e manguezais.
Com um pouco de determinação, é possível ver a revoada dos
guarás. Essas arredias aves insulares nascem com as penas
cinzas e, após um ano se fartando de comer caranguejos, ficam
com uma cor vermelho-fogo
reconhecível de longe.
A visita ao Estado geralmente dura de cinco dias a uma semana e costuma terminar com
uma ida a Barreirinhas (270 km
de São Luís) e ao belo parque
dos Lençóis Maranhenses. Rara formação geológica, essa região tem dunas de areias brancas e lagoas de águas mornas e
cristalinas, abastecidas pelas
chuvas do primeiro semestre.
Para quem gosta de explorar
lugares desconhecidos, no entanto, é aí que o passeio realmente começa: apesar de serem pouco divulgados, há roteiros que incluem uma caminhada até um dos oásis dentro do
parque, uma viagem pelo delta
das Américas e a visita a pequenas ilhas e povoados ribeirinhos que guardam paisagens
lindas, bancos de corais e ótimas histórias.
Nas próximas páginas, a reportagem da Folha desvenda
alguns desses segredos maranhenses.
CAROLINA COSTA viajou a convite do hotel
Pestana e da Gol
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