São Paulo, quinta-feira, 20 de setembro de 2007

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NORDESTE

Maranhão vai além de São Luís e Lençóis

Com 640 km de praias, Estado conta com o segundo maior litoral brasileiro, atrás apenas da costa baiana

CAROLINA COSTA
ENVIADA ESPECIAL AO MARANHÃO

Oásis onde moram famílias isoladas, passeios de jipe por lagoas que desaparecem no verão, naufrágios visíveis à distância, casario colonial com azulejos portugueses e ingleses do século 18, mangues com vegetação de 20 metros de altura, festas que misturam o sagrado e o profano, ilhas e praias desertas, revoada de pássaros de um vermelho intenso, só comparável ao do pôr-do-sol.
Sua viagem para o Maranhão só inclui São Luís e Lençóis Maranhenses? Pois você não sabe o que está perdendo.
Região colonizada por espanhóis, franceses, holandeses e portugueses, o Maranhão tem 640 km de praias -o segundo maior litoral brasileiro, atrás apenas do litoral da Bahia.
Em 1997, sua capital foi considerada pela Unesco um dos 17 patrimônios culturais da humanidade no país. Desde então, a maioria dos pacotes turísticos para o Estado é parecida, variando de acordo com o tempo de permanência desejado.
A viagem tende a começar com uma visita ao centro histórico de São Luís, onde há um dos maiores acervos de mosaicos portugueses no Brasil, cerca de 2.500 casarões do século 18 tombados e grandes festas religiosas, que acontecem de maio a setembro.
Seguindo o roteiro tradicional, o turista chega a Alcântara num passeio de 18 km pela baía de São Marcos. Famosa por ter sido o palco da trágica explosão de um foguete, em 2003, a cidade de 22 mil habitantes tem ruínas de casarios coloniais, praias desertas e manguezais.
Com um pouco de determinação, é possível ver a revoada dos guarás. Essas arredias aves insulares nascem com as penas cinzas e, após um ano se fartando de comer caranguejos, ficam com uma cor vermelho-fogo reconhecível de longe.
A visita ao Estado geralmente dura de cinco dias a uma semana e costuma terminar com uma ida a Barreirinhas (270 km de São Luís) e ao belo parque dos Lençóis Maranhenses. Rara formação geológica, essa região tem dunas de areias brancas e lagoas de águas mornas e cristalinas, abastecidas pelas chuvas do primeiro semestre.
Para quem gosta de explorar lugares desconhecidos, no entanto, é aí que o passeio realmente começa: apesar de serem pouco divulgados, há roteiros que incluem uma caminhada até um dos oásis dentro do parque, uma viagem pelo delta das Américas e a visita a pequenas ilhas e povoados ribeirinhos que guardam paisagens lindas, bancos de corais e ótimas histórias.
Nas próximas páginas, a reportagem da Folha desvenda alguns desses segredos maranhenses.


CAROLINA COSTA viajou a convite do hotel Pestana e da Gol


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