São Paulo, quinta-feira, 20 de setembro de 2007

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Expedição colonizadora marca o início da história da cidade

DO ENVIADO ESPECIAL

Uma expedição colonizadora liderada por Francisco Romero deu o pontapé inicial na história de Ilhéus, em 1534.
O Brasil funcionava sob o sistema de capitanias hereditárias. E a capitania de Ilhéus ficou a cargo de Jorge de Figueiredo Correa, escrivão da fazenda real da época. Jorge de Figueiredo, que estava em Portugal, mandou Francisco Romero em seu lugar para tomar conta da porção de terra. Já em 1556 a vila tinha igreja matriz e produzia cana-de-açúcar.
Em meados do século 18, o francês Louis Frédéric Warneau levou sementes de cacau do Pará para Ilhéus. Elas foram plantadas às margens do rio Pardo, onde hoje fica Canavieiras (135 km ao sul de Ilhéus).
Em 1881, Ilhéus foi elevada à categoria de cidade. E, a partir de 1890, a população cresceu rapidamente. Datam dessa época marcos da cidade, como o palácio Paranaguá, hoje sede da prefeitura, o prédio do Ilhéos Hotel (com o nome assim mesmo, na grafia da época; dentro desse edifício está o primeiro elevador do interior do Nordeste) e o instituto Nossa Senhora da Piedade, fundado com doações dos coronéis para abrigar suas filhas.
A instituição tinha importante papel: ali as donzelas eram alfabetizadas, tomavam aulas de boas maneiras e aprendiam a ser boas donas-de-casa, instruídas pela francesa madre Thais de Paillart, coordenadora do colégio.
E foi assim por anos. Os barões do cacau comandavam. As grandes fazendas funcionavam a pleno vapor, sustentadas com mão-de-obra escrava. Até que, na década de 60, a vassoura-de-bruxa varreu as lavouras e levou os produtores ao desespero. Só na década passada que foi encontrada a solução para a retomada da produção.

Agito
Ilhéus viveu décadas de requinte. Recebia dançarinas, mágicos e afins para divertir fazendeiros e suas famílias.
A cidade era movimentada por cassinos, cabarés e bares, que aparecem nas páginas dos romances do seu mais ilustre filho "adotivo", Jorge Amado, nascido na vizinha Itabuna.
A vida noturna da cidade hoje é tranqüila, mas há opções de música ao vivo na praia dos Milionários, bares no centro e pubs no Pontal. (MS)


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