Companhias oferecem diferentes tipos de cartões; os benefícios variam conforme quantidade de viagens

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de se tornar membro de um programa de pontos, melhor entender como ele funciona e o que pode fazer por você. O objetivo deles é bem simples: você voa por uma companhia e, para mantê-lo nas suas próximas viagens, ela te oferece o benefício da milhagem.
Para começar a ganhar milhas, antes de viajar o interessado precisa se cadastrar no site do programa de pontuação escolhido. A partir daí, terá um número de identificação, que deverá ser informado à companhia a cada novo voo.
Para atrair clientes, os programas têm vários tipos de cartões, que podem variar, por exemplo, do "prata" ao "diamante". Os benefícios variam de acordo com a escala em que o passageiro está.
Um membro portador do cartão branco da TAM, o de entrada no programa Fidelidade -que utiliza o sistema de pontos-, pontua de acordo com a classe da passagem comprada.
Um voo doméstico tem sempre o mesmo valor -o passageiro ganha 200 pontos por trecho nacional e precisa de 10 mil para viajar para qualquer destino brasileiro. Já os voos para a Europa rendem bem mais: 12 mil pontos cada trecho. Para ir sem gastar nada a Paris são necessários 60 mil pontos, ou cinco viagens para a Europa.
O passageiro frequente -aquele que viaja bastante- pode ser "promovido" à categoria azul. Foi o que aconteceu com o engenheiro Sergio Bernardes, 32. Para passar de uma categoria para outra ele acumulou 12 mil pontos em um ano. "Eu e minha mulher viajamos muito a trabalho", conta.
Comprando uma passagem na classe econômica, agora Bernardes pontua o equivalente ao que pontuaria na classe executiva -25% a mais do que no cartão branco. Se quiser chegar ao cartão vermelho, ele precisará acumular 48 mil pontos em um ano. E, voando na econômica, ganhará o equivalente à primeira classe -50% a mais do que no branco. "Não tenho pretensão de ficar mudando de categoria, mas gosto das vantagens e da possibilidade de conseguir upgrade", diz.
Também pode acontecer o contrário: ser rebaixado. Quem tem o cartão vermelho tem de continuar acumulando 48 mil pontos em um ano para não voltar ao azul.
Já no Smiles, da Gol/Varig, a contagem muda a cada trecho, pois o programa usa o sistema de milhas, não de pontos. Cada milha equivale a 1,609 metro.
Em uma viagem São Paulo-Manaus só de ida, por exemplo, o membro do cartão Smiles azul, o mais simples, recebe 2.479 milhas voando na tarifa Comfort. Para ter uma noção do que isso representa, pela Gol/Varig quem tem entre 2.000 e 4.000 milhas já viaja para alguns destinos nacionais (veja quadro na pág. F6).
As categorias do programa Smiles da Gol/Varig vão do azul ao diamante. A promoção funciona de maneira parecida à da TAM. Entre os benefícios, estão 5.000 milhas dadas quando o passageiro muda do cartão azul ao prata. Na categoria mais alta, além de ganhar 100% sobre as milhas voadas na Gol/ Varig, o membro tem uma central de atendimento exclusiva.
(LUISA ALCANTARA E SILVA)


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