São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2005

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Fosso instiga platéia em show

DA ENVIADA ESPECIAL

Com um fosso no lugar do palco, o espetáculo circense "KA", da trupe do Cirque du Soleil, instiga a platéia antes mesmo de começar. Como a ação acontecerá se não há uma superfície na qual os artistas possam se apoiar?
Antes de começar a apresentação sobre a história de dois irmãos gêmeos, um príncipe e uma princesa, que são separados pelas forças do mal, dois personagens dão uma dica: equilibram-se na borda do buraco que toma o espaço tradicionalmente dedicado ao palco. Quando o espetáculo começa, o enigma se dissolve: todas as cenas se desenrolam em superfícies que se elevam do fosso e desaparecem dentro dele.
A mais chocante é um plano que se move em todas as direções. Lá pelas tantas, ele vira uma parede vertical, e ali se dá uma batalha em que todos os artistas lutam com os corpos na horizontal, sustentados por cordas.
O tempo todo o espetáculo -em cartaz no MGM Grand- explora esses limites. A platéia vai ao delírio quando os escravos roubam a cena nas rodas da máquina do vilão. A cena é tão arrepiante que dá a impressão de que todos vão cair no chão numa grande catástrofe. Quando acaba esse número, a platéia urra. (HL)


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