São Paulo, segunda, 21 de julho de 1997.



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GIRO PELO MUNDO
Passado litorâneo emerge em Nova York

da Reuter

Há 150 anos, estivadores dos píeres do sul de Manhattan procuravam trabalho nas centenas de escunas e barcaças que passavam pelo maior porto do mundo.
Hoje, ainda que o ritmo da ponta da ilha seja tão frenético quanto sempre, a paisagem mudou.
Desapareceram as escunas de 80 pés e as barcaças de 122 metros de comprimento que um dia lotaram o porto de tal forma que ele foi chamado de rua de barcos.
Em seu lugar, estão os arranha-céus e corretoras do comércio do século 20. Wall Street fica a uma pequena caminhada.
Mas, em meio ao caos das mudanças, um pequeno grupo de prédios de tijolos vermelhos conseguiu sobreviver como lembrança para nova-iorquinos e visitantes da Manhattan do século passado.
O South Street Seaport Museum, instalado numa área de 11 quarteirões no distrito financeiro, é dirigido por um grupo de marinheiros e entusiastas do mar desde a sua abertura, em 1967.
Ele sobreviveu à crise fiscal e perseverou, apesar da longa história de negligência oficial em relação ao litoral de Manhattan.
Por meio de exibições, palestras e sua própria frota de seis navios históricos -a maior coleção privada dos EUA-, o museu lembra os marinheiros e mercadores, bem como os bares e bordéis, que um dia lotaram o distrito.
Um dos meios mais memoráveis para reviver a Nova York do século 19 são os passeios a bordo do Pioneer, construído em 1885.
Último veleiro mercante norte-americano com o casco de ferro, a escuna de cabotagem leva passageiros para o porto de Nova York, passando perto de sítios históricos como a ponte do Brooklyn, a Estátua da Liberdade e a antiga estação de triagem de imigrantes em Ellis Island.



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