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GIRO PELO MUNDO
Passado litorâneo emerge em Nova York
da Reuter
Há 150 anos, estivadores dos píeres do sul de Manhattan procuravam trabalho nas centenas de escunas e barcaças que passavam pelo maior porto do mundo.
Hoje, ainda que o ritmo da ponta
da ilha seja tão frenético quanto
sempre, a paisagem mudou.
Desapareceram as escunas de 80
pés e as barcaças de 122 metros de
comprimento que um dia lotaram
o porto de tal forma que ele foi
chamado de rua de barcos.
Em seu lugar, estão os arranha-céus e corretoras do comércio
do século 20. Wall Street fica a uma
pequena caminhada.
Mas, em meio ao caos das mudanças, um pequeno grupo de prédios de tijolos vermelhos conseguiu sobreviver como lembrança
para nova-iorquinos e visitantes
da Manhattan do século passado.
O South Street Seaport Museum,
instalado numa área de 11 quarteirões no distrito financeiro, é dirigido por um grupo de marinheiros
e entusiastas do mar desde a sua
abertura, em 1967.
Ele sobreviveu à crise fiscal e perseverou, apesar da longa história
de negligência oficial em relação
ao litoral de Manhattan.
Por meio de exibições, palestras
e sua própria frota de seis navios
históricos -a maior coleção privada dos EUA-, o museu lembra
os marinheiros e mercadores, bem
como os bares e bordéis, que um
dia lotaram o distrito.
Um dos meios mais memoráveis
para reviver a Nova York do século
19 são os passeios a bordo do Pioneer, construído em 1885.
Último veleiro mercante norte-americano com o casco de ferro, a escuna de cabotagem leva
passageiros para o porto de Nova
York, passando perto de sítios históricos como a ponte do Brooklyn,
a Estátua da Liberdade e a antiga
estação de triagem de imigrantes
em Ellis Island.
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