|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Recuperação da região pode levar anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Na tentativa de recuperar
a imagem da Indonésia, o
Conselho de Cultura e Turismo do país lançou uma campanha na semana passada
para atrair turistas internos,
com pacotes mais baratos, e
de países vizinhos. O Conselho Mundial de Viagens e
Turismo (WTTC) também
lançou uma campanha para
restabelecer a confiança do
turista no destino.
"Bali é toda voltada ao turismo e foi tão claramente
identificada como alvo que o
setor poderá levar cinco
anos ou mais para se recuperar", analisa Graham Miller,
professor de turismo da
Universidade Westminster.
Fazendo comparações
com o ataque de 1997 em Luxor, no Egito (quando 58 turistas foram mortos), agentes de turismo britânicos
disseram que o impacto pode durar bastante tempo. No
caso do Egito, segundo a Organização Mundial de Turismo, o país levou três anos
para recuperar o turismo em
alguns mercados. "Provavelmente levará uns dois anos
para a situação voltar ao
normal", disse Keith Betton,
da Associação de Agentes de
Turismo Britânicos.
Considerada um lugar relativamente seguro até o
atentado, Bali era uma "jóia
da coroa" pacífica em meio
às tensões políticas e étnicas
da Indonésia. A ilha, que em
2001 recebeu 1,83 milhão de
visitantes, responde por 35%
da receita anual de US$ 5 bilhões com turismo do país.
Além de cancelamento de
reservas em hotéis de Bali, as
ações de empresas aéreas
que atuam na região caíram
e aumentou o nervosismo
econômico no Sudeste Asiático, que luta para se recuperar de uma crise agravada
em 2001 após o 11 de setembro. As autoridades indonésias estudam aplicar regras
mais rígidas para a emissão
de vistos para Bali.
Ainda assim, operadoras
de viagens da Ásia e da Austrália disseram acreditar que
o turismo regional resistirá,
desde que não haja mais ataques contra turistas.
Antes de Bali, estimava-se
que o turismo mundial levaria três anos para se recuperar do 11 de setembro, mas a
previsão deve mudar.
(CKT)
Com agências internacionais
Texto Anterior: Atentado: Bali suscita debate sobre turismo e terror Próximo Texto: Rio Mirim: Cidade não deixa criança ficar parada Índice
|