São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 2002

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Recuperação da região pode levar anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Na tentativa de recuperar a imagem da Indonésia, o Conselho de Cultura e Turismo do país lançou uma campanha na semana passada para atrair turistas internos, com pacotes mais baratos, e de países vizinhos. O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) também lançou uma campanha para restabelecer a confiança do turista no destino.
"Bali é toda voltada ao turismo e foi tão claramente identificada como alvo que o setor poderá levar cinco anos ou mais para se recuperar", analisa Graham Miller, professor de turismo da Universidade Westminster.
Fazendo comparações com o ataque de 1997 em Luxor, no Egito (quando 58 turistas foram mortos), agentes de turismo britânicos disseram que o impacto pode durar bastante tempo. No caso do Egito, segundo a Organização Mundial de Turismo, o país levou três anos para recuperar o turismo em alguns mercados. "Provavelmente levará uns dois anos para a situação voltar ao normal", disse Keith Betton, da Associação de Agentes de Turismo Britânicos.
Considerada um lugar relativamente seguro até o atentado, Bali era uma "jóia da coroa" pacífica em meio às tensões políticas e étnicas da Indonésia. A ilha, que em 2001 recebeu 1,83 milhão de visitantes, responde por 35% da receita anual de US$ 5 bilhões com turismo do país.
Além de cancelamento de reservas em hotéis de Bali, as ações de empresas aéreas que atuam na região caíram e aumentou o nervosismo econômico no Sudeste Asiático, que luta para se recuperar de uma crise agravada em 2001 após o 11 de setembro. As autoridades indonésias estudam aplicar regras mais rígidas para a emissão de vistos para Bali.
Ainda assim, operadoras de viagens da Ásia e da Austrália disseram acreditar que o turismo regional resistirá, desde que não haja mais ataques contra turistas.
Antes de Bali, estimava-se que o turismo mundial levaria três anos para se recuperar do 11 de setembro, mas a previsão deve mudar. (CKT)


Com agências internacionais


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