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NO TABULEIRO
Uma das maiores formações de coral do mundo é palco de mergulho de flutuação; maré dita horário da visita
Excesso de gente turva ida ao Recife de Fora
DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO SEGURO (BA)
A Costa do Descobrimento é
forrada de recifes de coral, mas há
um lugar que se destaca: o Recife
de Fora, assim chamado por estar
localizado a pouco mais de nove
quilômetros do continente.
Quando a maré baixa, uma verdadeira ilha se eleva do oceano.
Os 17,5 km2 de área do Parque
Municipal Marinho Recife de Fora têm uma das maiores formações coralinas do mundo (a maior
é a Grande Barreira de Corais, na
Austrália, que se estende por mais
de 1.200 km).
Várias escunas saem em direção
ao local, mas os horários de visitação são determinados pela maré-baixa -se ela baixa às 8h da manhã em um dia, no dia seguinte isso ocorrerá às 8h40 e assim por
diante. Quando o fenômeno
acontece, piscinas naturais se formam no recife e vários peixes ficam ali enclausurados. Isso torna
o mergulho de flutuação (sem uso
de cilindro de ar comprimido)
um espetáculo imperdível.
A fauna local inclui muitos peixes coloridos, que se aproximam
das pessoas durante o mergulho.
Alguns menores, mas curiosos,
divertem-se com o flutuar do cabelo do visitante. Não é raro encontrar moluscos coloridos e
grandes.
Sola de borracha
O solo é forrado de ouriços, por
isso o calçado ideal para a visita é
uma sandália do tipo papete ou
um tênis de lona. A variedade de
corais também é farta, e é possível
encontrar alguns deles vivos.
Aparecem o octocoral, o coral-de-fogo, o hidrocoral, o coral rosado
e o baba-de-boi.
O local é um parque protegido.
Apenas um terço dele é aberto à
visitação pública. Esse espaço é
demarcado por madeiras presas a
blocos de concreto. Mas vale lembrar que, como a área é muito
grande, os fiscais nem sempre
conseguem manter o controle,
principalmente na alta temporada. As escunas chegam com centenas de turistas cada uma, e nem
todos os visitantes respeitam a
área demarcada.
Ao entrar nas piscinas naturais,
a areia do fundo é remexida e a
água fica turva, o que impede a visão dos peixes. Opte por uma ida
de lancha, com poucas pessoas.
(FERNANDO BADÔ)
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