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PERU
Governo planeja investir US$ 47 mi em infra-estrutura
Sítio arqueológico pré-inca pode se tornar um novo Machu Picchu
DA FRANCE PRESSE
O governo peruano planeja
transformar o forte de pedra de
Kuelap, remoto sítio pré-inca no
norte do Peru, em atração turística de primeira grandeza. O local
fica no topo de uma montanha no
flanco leste dos Andes, 3.000 m
acima do nível do mar, distando
700 km a norte de Lima.
Os habitantes originais, os sachapuyos ou cachapoyas, eram
conhecidos como o "povo das nuvens": suas cidades de pedra eram
construídas em pontos onde o ar
gelado dos Andes encontra o ar
tropical da bacia amazônica, formando uma camada de neblina.
O trecho aéreo entre Lima e Cachapoyas, a capital do Departamento, é restrito, e o acesso por
terra é difícil. Subir do fundo do
vale do Utcubamba por uma estrada em ziguezague até Kuelap
leva uma hora e meia.
Autoridades planejam destinar
um orçamento de US$ 47 milhões
para transformar o local, e o plano, que deve começar nos próximos meses, inclui US$ 21 milhões
para a construção de oito postos
turísticos, com museus e um centro de pesquisas arqueológicas.
Na segunda fase, a cargo do Ministério do Transporte, deve ser
construída uma estrada de 53 km.
E US$ 4 milhões serão empregados na criação de um teleférico de
2,7 km para levar turistas do fundo do vale até Kuelap, em um percurso que deve durar 15 minutos.
Kuelap tem cerca de 450 hectares de estruturas de pedras cercadas por um muro de 20 m de altura, com muitos trechos cobertos
por uma densa vegetação.
O local foi habitado a partir do
ano 500. Em seu auge, estima-se
que 3.000 pessoas moravam ali.
Nos anos 1470, os cachapoyas
foram conquistados pelos incas, e
esses, por sua vez, foram dominados pelos espanhóis nos anos
1530. Kuelap foi abandonada e sabe-se pouco de seus habitantes.
Esquecido, o local, invadido pelo
mato, foi redescoberto em 1843.
Hoje, dos mais de 1 milhão de
turistas que visitam o Peru anualmente, 73% viajam para Cuzco,
cidade andina ao sul, capital do
antigo império inca, e, também,
para Machu Picchu. Apenas 14%
dos turistas tomam o rumo norte
-a maioria é formada por viajantes que vão às montanhas Ancash, no norte de Lima.
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