São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

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METRÓPOLE CANADENSE

Niágara é cenário de casamentos e cascatas

Na fronteira com os EUA, quedas d'água são vistas por 5 milhões de pessoas por ano no lado canadense

DO ENVIADO ESPECIAL AO CANADÁ

Quem planeja excursões pelos arredores de Toronto deve considerar a região das cataratas do Niágara. A despeito da frase "Poor Niagara Falls!" (ou pobres cataratas do Niágara), que teria sido dita por Eleanor Roosevelt, mulher do 32º presidente dos EUA (até 1945), ao visitar, no Brasil, as quedas d'água de Foz do Iguaçu.
Localizadas na fronteira do Canadá com os EUA, as cataratas do Niágara (www.niagarafallstourism.com) são o epicentro de uma área turística que encerra uma centena de vinhedos. Suas águas límpidas despencam de rochedos a mais de 50 m de altura -e compõem o espetáculo grandioso visto, no lado canadense, por 5 milhões de pessoas/ano. Na verdade, são duas quedas divididas: uma, circular, de 800 m de comprimento, e outra, de 30 m.
Há passeios "água-com-açúcar" no barquinho Maid of the Mist. Mas há tours ousados -e salgados-, como os operados pela Niagara Helicopters (www.niagarahelicopters.com), que cobra 118 dólares canadenses por um voo circular de nove minutos.

Lua-de-mel e Napoleão
Parece que o mais sensato mesmo é observar as cataratas do Niágara do alto da Skylon, uma torre de 236 metros de altura inaugurada em 1965. No topo, há um restaurante giratório que, aberto das 11h30 às 14h30 e das 16h30 às 21h30, completa cada volta em uma hora e deixa antever as quedas-d'àgua, iluminadas à noite. Ao lado, há dois cassinos e hotéis das redes Marriott, Sheraton, Embassy Suites e Radisson.
Destino popular de lua-de-mel para 50 mil casais anualmente, Niágara entrou no mundo dos casamentos em 1801, quando Theodósia, irmã de Aaron Burr Jr. -vice -presidente dos EUA entre 1801 e 1805, na gestão Thomas Jefferson-, lá contraiu matrimônio.
Três anos depois, em 1804, Niágara fez as vezes de palco do casamento de Jerôme Bonaparte, irmão do imperador francês Napoleão Bonaparte.
Em 1901, cem anos depois do casamento de Theodósia, uma nova tradição tomou conta do local. Nesse ano, Annie Taylor, mulher de 63 anos, foi a primeira a entrar num barril e, com o seu gato, despencar nas corredeiras e sair viva.
A moda pegou e, daí em diante, Niágara nunca mais foi a mesma, com aventureiros se lançando, de tempos em tempos, nessa empreitada perigosa da barrica jogada catarata abaixo. Menos radical, a atriz Marilyn Monroe rodou ali "Niagara" (1953), filme de Henry Hathaway que narra o conflito tragicômico de dois casais com planos de assassinato que, afinal, viram cascata. (SILVIO CIOFFI)


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