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ORIENTE-SE
Museu refaz cidade desde antes da era Edo
Exposição com maquetes recria trajetória da capital japonesa; acervo tem roupas, utensílios e gravuras
DO ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO
Antes de ser a capital, Tóquio
se chamava Edo -e há, perto da
estação Ryogoku do metrô, um
museu que narra a história vívida da megalópole: o museu
Edo-Tóquio (www.edo-tokyo-museum.or.jp; de terça a domingo, das 10h às 16h).
Com arquitetura lembrando
uma ponte, o prédio, na 4-1, 1-Chome (tel: 00/xx/81/155/
3626-9974), tem vão livre no
térreo, espaços de exposição
em dois andares e biblioteca.
Basicamente, uma área mostra Edo a partir de 1604, antes
de a cidade se tornar capital, e
outra explora Tóquio, nome
adotado em 1868.
O acesso até o primeiro plano é feito por uma escada rolante coberta por estrutura tubular de acrílico e, logo de cara,
uma ponte de madeira leva a
ambientes que recriam prédios
de época em tamanho natural.
Entre esses, há a redação de
um jornal do período Meiji e
um teatro kabuki, além de uma
imensa maquete que recria a
velha Tóquio e o rio Sumida.
As mazelas do terremoto de
1923, com vidros originais retorcidos pelo calor dos incêndios, histórias de horror vividas
durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945) e transformações engendradas pela
Olimpíada de 1964 também são
mostradas de modo interativo
com ruídos e cheiros.
Apesar de não ser um museu
de relíquias, o Edo-Tóquio reúne trajes, automóveis, publicações e objetos de época que remetem à cultura e à atmosfera
toquiota ao longo da história.
Entre as peças, as vitrinas revelam os segredos das gravuras
"ukio-e", com destaque para
Utamaro Kitagawa (1753-1806), que inspirou impressionistas. Outro artista mencionado no museu é Katsushika Hokusai (1760-1849), o precursor
do mangá.
(SILVIO CIOFFI)
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