São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2010

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LITORAL BAIANO
Para artista, que falou do local em peça, viver lá nos anos 70 foi "diferente de tudo, inexplicável, muito bom"

Ator José de Abreu lembra da época em que morou na região

LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando chegou ao Nordeste, em 1972, José de Abreu, hoje com 63 anos, não sabia muito bem o que havia ido fazer lá.
Havia saído da prisão -fora preso em congresso da UNE- e, um pouco perdido por não saber até que ponto era perseguido, resolveu fazer o movimento de "drop out". "Naquela época, falava-se muito nisso, de dar o fora", lembra. "E eu fui para Itapuã [Salvador]", diz. "Ficava muito em Arembepe. Era uma época em que todo mundo ia para Salvador. Era um Woodstock brasileiro."
E foi essa uma das lembranças que ele trouxe na peça "Fala, Zé!", que passou por várias cidades brasileiras. Misturando passagens de sua vida com ficção, contou a sua experiência com os hippies e pescadores que viviam no local. "Era tão diferente de tudo. Aquilo foi inexplicável, muito bom."
Depois de seis meses, quando voltou a São Paulo, onde sua mãe morava, o ator lembra que ela queimou as roupas dele.
No ano passado, o ator voltou a Arembepe levando a mulher e o filho. "Foi uma emoção muito forte", afirma ele. "Mesmo precisando de mais infraestrutura, Arembepe é muito bom."


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