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Passeio por calçadão vira degustação de guloseimas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Rosário parece querer competir com Buenos Aires no número de cafés por quarteirão.
No centro, nos calçadões cercados de edifícios neoclássicos do
século 19, a parada para o cafezinho argentino -que lembra o
que por aqui chamamos de carioca- é o início, o meio e o fim
de qualquer passeio.
A peatonal (calçadão) Córdoba deve ser a linha mestra de
uma caminhada pelas ruas centrais. Ela se estende por meia
dúzia de quarteirões e abriga
prédios emblemáticos para a
cidade, como a Bolsa de Comércio, edifício erguido em
1929 e que até hoje movimenta
a importante produção agrícola
da cidade (vale dar uma olhadela em seu interior, totalmente
restaurado). Nesse ponto, o
descanso deve ser no café Augustus (no número 1.398), ponto tradicional para os engravatados do centro -sobretudo
aqueles com mais cabelos brancos-, logo em frente à entrada
da Bolsa. Na entrada, um simpático porteiro evita o trabalho
do visitante de abrir a porta e
mostra que tudo lá é um pouco
à moda antiga. Portanto, não
espere pelo cardápio. Vá ao balcão e escolha a guloseima.
A poucos quarteirões dali,
em uma das travessas da Córdoba, está o El Cairo (Sarmiento com Santa Fé), que, fundado
em 1943, foi abrigo de poetas e
artistas, entrou em decadência
nos anos 1990, fechou as portas
em 2002 e teve seu prédio praticamente destruído por um incêndio em 2004. Restaurado e
reaberto no mesmo ano, com ar
moderninho, agora está sempre cheio de gente de todas as
idades, sobretudo no fim da
tarde. O café com leite e o croissant, chamado por lá de "medialuna", são perfeitos para um
lanchinho, ou "la merienda".
Com o fim da caminhada pela Córdoba -que desemboca
na plaza de Mayo-, dê meia
volta e faça todo o caminho de
volta (seu hotel com certeza estará nessa direção). Aproveite
para testar outros cafés e eleger
o seu favorito.
(JD)
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