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ENTRE NA ONDA/NO BRASIL
Entre os "top 10", transatlântico de luxo explorou, de passagem, a costa brasileira na última temporada
No país, setor cresceu 500% desde 98/99
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Segundo experts, o mercado
internacional de cruzeiros marítimos só não cresce mais rapidamente porque a indústria de
construção naval trabalha, hoje, a todo o vapor, no limite de
sua capacidade. No Brasil, esse
negócio tem crescido a uma velocidade ainda maior que a média mundial -500% desde a
temporada 1998/1999.
Apesar do lobby contrário
que setores da indústria de resorts do país exerce, afirmando
que os navios que aqui vêm na
virada do ano lhes tira movimento, empregam relativamente poucos brasileiros e não
fazem todas as suas compras no
Brasil, as empresas que trazem
transatlânticos para a costa
brasileira -Sun&Sea
(www.sunsea.com.br), Costa
Cruzeiros (www.costacruzei
ros.com), CVC (www.cvc.com.br) e MSC (www.msccruzeiros.com.br)- têm aumentado exponencialmente,
ano a ano, a oferta de cabines
-e devem trazer embarcações
cada vez mais sofisticados para
esses mares.
Além-mar
Considerada pela revista
"Condé Nast Traveller" como
uma das dez melhores companhias mundiais de cruzeiro, a
Celebrity Cruises (www.celebritycruises.com.br) tem entre seus destaques o navio Millenium, que não faz cabotagem nas costas brasileiras -e
sim grandes travessias entre
Europa, Caribe, Alasca etc.-,
mas esteve aqui no Carnaval.
Na ocasião, dobrou o cabo
Horn, aportando em Buenos
Aires, Montevidéu, Portobelo
(SC), Búzios e Rio, retornando
a Buenos Aires. Vinha antes de
Fort Lauderdale (Flórida), tendo passado pelo canal do Panamá e por Valparaíso (Chile).
Com 91 mil toneladas, 294 m
de comprimento e capacidade
para 1.950 passageiros (920 em
cabines que miram o mar e 615
em internas), esse transatlântico cravejado de obras de arte
contemporânea tem 20 cozinheiros -supervisionados pelo
chef Michel Roux- e 120 pessoas trabalhando nas cozinhas,
que servem 9.000 refeições
diariamente. Dois dos 20 cozinheiros, num cruzeiro de luxo
como esse, se ocupam exclusivamente de passageiros VIP
com gostos mais "excêntricos".
Num gigante de luxo como o
Millenium, que pertence a uma
companhia de cruzeiros marítimos premium controlada pela Royal Caribbean, há, normalmente, hóspedes de 30 nacionalidades. Assim, navios
com esse perfil precisam ter
uma logística de diversão capaz
de entreter quase 2.000 passageiros de todas as idades.
Quando veio à América do
Sul, na viagem aproveitou o
Carnaval carioca, o Millenium
tinha 50% de passageiros latinos e só um punhado de japoneses, por exemplo, mas o programa de bordo não podia negligenciá-los. Ofereceu atividades em língua japonesa e comida adequada a esse público.
Em um transatlântico desse
padrão, que percorre o mundo,
passageiros vindos da Índia podem achar a comida "internacional" sem grande apelo.
Também é preciso ter infra-estrutura para fazer comida kosher, vegetariana, etc.
SILVIO CIOFFI viajou a convite da Celebrity Cruises/Sun&Sea.
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